DORMENTE
Um dia doce abrindo em gradações de azul,
um vento suave batendo no rosto como lençol acetinado drapejando macio,
o som gotejante d'água pingando,
após a chuva,
aqui chapa, ali papel, acolá pano...
e este sono tão grande e pegajoso,
húmido, vaporoso.
Espirro! Bocejo! Fungo!
O deserto à volta acerca-se
e todos os desalmados saem às ruas
para se saciarem de um sangue novo a efundir legal,
mas ilícito quando ilícito quer dizer injusto.
Eis a modernidade chinesa,
o controlo da natalidade através da misoginia precoce, guilhotinante,
eis a relatividade europeia, no seu desaparecimento demográfico
e dissolução cultural,
troca de pele-cobra nos valores.
Pensava que o Estado - supunha que César! - defenderia César,
quando nos pede que lhe demos o que é dele.
Mas César é um fora-da-lei, venal e mundano.
Não vale o que um gato enterra.
Que sono! Mas que sono, Meu Deus!
um vento suave batendo no rosto como lençol acetinado drapejando macio,
o som gotejante d'água pingando,
após a chuva,
aqui chapa, ali papel, acolá pano...
e este sono tão grande e pegajoso,
húmido, vaporoso.
Espirro! Bocejo! Fungo!
O deserto à volta acerca-se
e todos os desalmados saem às ruas
para se saciarem de um sangue novo a efundir legal,
mas ilícito quando ilícito quer dizer injusto.
Eis a modernidade chinesa,
o controlo da natalidade através da misoginia precoce, guilhotinante,
eis a relatividade europeia, no seu desaparecimento demográfico
e dissolução cultural,
troca de pele-cobra nos valores.
Pensava que o Estado - supunha que César! - defenderia César,
quando nos pede que lhe demos o que é dele.
Mas César é um fora-da-lei, venal e mundano.
Não vale o que um gato enterra.
Que sono! Mas que sono, Meu Deus!
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