AO DENNIS McSHADE EM DINIZ MACHADO


Depois de e porque mortos, têm os escritores de capa e contra-capa
a dita de servir de rasto estelar e seminal a outros, talvez penosos plumitivos,
talvez graciosos mestres de uma palavra que, de inaudita,
urge ainda mais inseminar em livro. Enquanto vivo,
um escritor vai penando o ser negligenciado.
lkj
Serei, já sou!, um deles, haja embora olhares reles que sussurrem que não,
que o reneguem ao Joaquim Carlos que sou, no denodado almíscar da minha arte.
Escrever às vezes é um desafio sem precaução por existir, faz-se,
ante toda a caução putativa que se perfile em ousadia filtrante.
lkj
Não lidos, é como se não tivessem nascido, rasura do vulgar, pulverizando
de pó o ouro sob. Mortos, nascem-lhes os livros de novo, como renovo
e paradoxo policial. E agora, leitores dispersos e transmutados?
Agora, morto Diniz, segue-se que McShines o McShade!

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