POR ENQUANTO SÓ BOAS NOTÍCIAS


A intuição geral é pacífica ao reconhecer que o horizonte é negro,
e o pânico não é propriamente uma coisa psicológica,
basta vir o ministro das Finanças anunciar,
como quem ensaia tranquilizar-nos com o veneno do Desconhecido,
que, “aconteça o que acontecer, as poupanças dos portugueses
em qualquer banco que opera em Portugal estão garantidas”.
A parte do 'aconteça o que acontecer' anuncia-nos e prepara-nos
para o pior possível.
lkj
Como já andamos acossados pelo Desemprego e pelo Fisco,
pelas Taxas de Juro esmagadoras e pelos preços altos de quase tudo,
é muito natural que não soframos mais que aquilo a que estamos já habituados.
O que poderia ser pior que o que já nos é dado padecer há tanto tempo em Portugal?
lkj
Como escrevia há dias Pulido Valente: «O mundo muda e Portugal não se adapta:
o desemprego cresce; as pensões diminuem,
a educação é um artifício, o serviço de saúde vai pouco a pouco empobrecendo
e o fisco oprime toda gente. No meio disto, o país não quer,
nem está à espera de nenhuma reviravolta dramática.
A "Europa", por que antigamente suspirava, obriga à imobilidade.
É uma espécie de paragem definitiva, para além da qual nada existe
- é pelo menos, por enquanto, um verdadeiro "fim da história".».

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