CRAVINHO APIMENTA OPÇÕES DO OE


Porque avançar com estas obras, pelo menos para mais estradas e para o TGV,
representa um risco para a sustentabilidade futura das nossas finanças
e, dada a conjuntura internacional, merece ser ponderado e bem reponderado,
[mas representa sobretudo uma suculenta oportunidade
para as habituais, grandes e suculentas derrapagens pelas empresas
que o Estado cunilinguisticamente protege e as aguardam em ânsias],
segue-se que contra isto prudencialmente, somado-se às restantes
vozes das Oposições, o Engenheiro Cravinho se pronuncia:
lkj
[«Estamos numa crise cuja duração e profundidade não conhecemos,
nomeadamente ao nível das restrições de credito”, afirma.
O Orçamento do Estado para 2009, que classifica como
«o melhor que o Governo podia fazer nestas circunstâncias»,
é «datado com a informação de hoje e pode vir a haver impactos variados
sobre a economia pública e privada»
lkj
Antecipando as dificuldades económicas prolongadas
por que o país vai passar – «a crise pode durar três ou quatro anos»
–, João Cravinho propõe também que se prepare já
um grande programa de desenvolvimento para o Norte do país
que, segundo diz, «será a região que mais vai ser afectada.
O Norte do país é responsável por cerca de 40 por cento
das exportações portuguesas.»] [Público]

Comments

Segundo consta, o Engº Cravinho vai ser o cabeça de lista às eleições europeias. Vai ter azar, pois apesar de inscrito no Partido Socialista não vou votar no Partido de Sócrates.
A independência acima de tudo.
Saudações
Compadre Alentejano
joshua said…
Compadre Alentejano, precisamente. Estes são tempos em que se se pode comprar a consciência dos deputados para votar como gado conduzido, é preciso que se compreenda que não se pode comprar nem sequestrar a nossa.

Independência acima de tudo, como bem rematou.

Abraço
Olá querido Joshua, Grata pela tua visita ao meu espaço, deu-me dupla alegria fiquei a conhecer o teu blogue que está maravilhoso!... Adorei a postagem!
Bom fim de semana e beijinhos de carinho,
Fernandinha
Joshua
As objecções de Cravinho também já tinham passado pela minha humilde cabeça. Se o aeroporto de Lisboa ainda não está esgotado será com a retracção da mobilidade, em virtude dum menor poder de compra, que se vai esgotar?
E o TGV?
Posta de lado a questão do transporte de mercadorias e da conquista dos mercados da Europa Central, qual a função deste luxo num País com esta dimensão?
Temos recursos para isso? Queremos pôr à prova a teoria do Keynes?


Abraço
joshua said…
Caríssima Lídia, tu sabes que o desprezo pela nossa íntima consciência das coisas e pela verdade dos factos pauta a acção dos poderes executivos. Os anos eleitorais são os mais nocivos e perigosos para os interesses reais de um país que se arrasta.

Acabo de ouvir de ouvir o engenheiro Cravinho a dizer que tem deixado de falar na corrupção, mas que esse tópico voltará a ser efectivamente assunto perante um mega-escândalo que abale o Regime. Só isso fará com que se pegue novamente e holisticamente nesta questão. E acrescentou que esse mega-escândalo chegará. Ele lá sabe mais do que o que diz.

O modo como o disse deixou lívido o Mário Crespo. E mesmo a mim deu-me uma espécie de falta de ar com pena de este País sempre a reboque e que nada faz com recta intenção e pressurosa boa-vontade de corrigir, melhor, dignificar a nossa vida.

Sinto-me directamente lesado pelo laxismo de estes políticos de baixa extracção.

Beijos
Obrigado pela visita.
Tiago R Cardoso said…
o parar com as grandes obras não seria mandar uma mensagem negativa ao povo ?

o estado é o maior investidor do país, sem esse dinheiro onde iria parar muitas empresas, que estão ligadas a essas grandes obras ?

Avançar às cegas, não ,mas avançar com cuidado.

Já agora,quem te disse que eu, pelo menos eu, te visito por pena ?

Já te disse olhos nos olhos, a tua escrita, a tua forma de por as coisas são um desafio e um incentivo a eu te ler melhor para poder argumentar.

Voltarei brevemente a desafiar-te para o circulo do polvo.

um abraço.
joshua said…
Caríssimo Tiago, não foi bem isso que eu quis dizer. Não disse que me visitas por pena. Disse que há muito comentário por favor na bloga. Que as pessoas comentam, mas não aterram verdadeiramente no coração dilacerado ou feliz de quem escreve. Para compreender a fundo um poema fumegante de vida e realidade tem de algum modo haver um pacto de benevolência com quem escreve porque quem escreve nem sempre se descreve. Descreve a espécie humana em todas as suas possibilidades.

Venha lá o Polvo [não sei ainda o que é].

Abraço
Pata Negra said…
Enfim, uma no cravinho outra na ferradura.
E eles a darem-lhe com a crise que nem sequer é deles, é nossa!

Um abraço de alta velocidade
Peter said…
"Muitos analistas pensam que a derrocada do mercado hipotecário nos Estados Unidos detonou uma crise pior que a de 1929. A ideia central é que as coisas se estão a pôr realmente feias em muitos outros segmentos do sector financeiro. Os números e as ramificações assim poderiam indicá-lo. Para Nouriel Roubini – um dos analistas mais respeitados desse país –, a crise poderia ter um custo total próximo dos 3 milhões de milhões de dólares, algo como 20 por cento do seu gigantesco PIB. Isso seria um golpe brutal na economia estado-unidense e do mundo." (Alejandro Nadal)

Ao ler isto, foi como se tivesse levado um soco violento no estômago...
Peter said…
Já pensaram que as vossas bonitas notas poderão servir apenas para forrar paredes, como fizeram os alemães com as notas de marco, durante a crise de 1929?
Eu já pensei, mas também é verdade que já não se forram paredes.
Então está a chegar a hora de procurarmos aplicações para as bonitas notas, pois é mais que certo que, a curto prazo, deixam de servir para comprar coisas...

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