DA CASTRAÇÃO DA TVI À METAMORFOSE DA RTP

A RTP precisa de mudar. Que tal não seja desejado, compreende-se assim como se verifica o grau de exasperação perante esse cenário consoante a figura pública posta a bravejar contra a propalada concessão. O silêncio e a impunidade perante a castração noticiosa da TVI de Manuela Moura Guedes, esses é que não tiveram precedente e suportaram perfeita concordância e normalidade, mesmo após legítimas escutas apanharem registos absolutamente públicos e dignos de escrutínio do Nababo Parisiense Sócrates, nos seus planos abusivos, na sua impudica interferência. Daí procedeu-se à tentativa de processo judicial, tentativa de apuramento de consequências políticas, tratamento mediático do caso, bastante escandaloso por sinal. Do Ministério Público, faccioso e tomado pela arte chantagista da clique de Sócrates, nada haveria a esperar. Poderíamos ter trezentos Correio da Manhã, cinquenta TVI com Moura Guedes, que a protecção suscitada por Sócrates para si mesmo, para os seus milhões comissionistas, para a sua amizade subvencionadora de favores, tudo isso sempre o salvaguardaria de justo e exemplar tribunal. Trata-se de alguém que, como Oliveira Costa, Dias Loureiro, Vale e Azevedo, Isaltino, e tantos outros, nunca cessam de nos escandalizar, mas nunca obtêm sentença definitiva e a autopercepção realista do seu fim político, do seu fim público. Mas Justiça, Justiça, não é algo que se possa suscitar do Procurador-Geral da República e do Presidente do Supremo Tribunal de Justiça. A negrura do currículo rapace de Sócrates é à prova de escândalo e de acção consequente por parte daqueles. Permanece nítido, hoje, o que foi a vigência quer da Asfixia Democrática quer da Asfixia Justiciária, ainda em vigor, tendo como invariável impune o abichador de comissões Freeport e de todas as outras comissões do costume. Agora, perante uma necessidade moralizadora de mudança de vida na RTP, toda a cáfila socratista se coloca ao lado da continuidade de tudo, para manter esse bastião de subserviência jornalística ao Partido de Governo mais dado a esse arrepanhar controleiro de colhões para mentir melhor, para manobrar melhor, para trapacear melhor as audiências, insuflando-lhe sobejo entorpecimento e desânimo. Quem já não controla a comunicação social, mas a isso se habituou e disso não abdica, fala agora do putativo controlo alheio, pelo Governo Passos, da comunicação social, quando o que a boa parte dos portugueses miseráveis deseja é que todas as PPP e quejandos negócios de chupar contribuintes urdidos, à saída de funções e à pressa, por Sócrates sejam desfeitos ou minimizados. Mesmo com a RTP o desígnio deveria ser esse e só esse. Todos vimos o efeito perverso do Poder Socratista de manipular e adulterar os media, alimentado e escudado por um sistema de Justiça absolutamente manobrável, amedrontado, impotente para investigar, sequer esclarecer, os indícios e factos que se apontam aos políticos socratistas. São sempre e só os políticos socialistas a passar impunes e a mover-se, sem carreira ou trabalho que o justifique, para exílios ofensivos de todo o Povo Português, ou remetidos ao sossego anónimo, provado ou suspeitado o dolo com dinheiros públicos. Mudar a RTP deverá ser transformar, libertar, uma instituição até passenta aos abusos de mentir e encobrir por pressão directa de governos desonestos e que talvez também por isso nos trouxeram à pré-bancarrota. A liberdade de imprensa acaba no momento em que um político muito corrupto e muito ambicioso reúne dinheiro suficiente para impedir primeiras páginas ou fomentar entorses aos factos da economia, aos factos da política, aos factos da sociedade, aos factos do seu escabroso, escandaloso, inexplicável enriquecimento pessoal.

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