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Ratos, Tarzans e Pontas... córneas de cigarro. |
O caso RTP convida-me a uma meditação extática, quiça ao zen. Essa estação dita pública é esquisita. Era a estação do
dictat e agenda mesquinhas do Governo-PS, quando o PS foi Governo e onde o Emídio Rangel vinha ranger os dentes de cio por Sócrates, debatendo como quem reza o terço com o Carlos Abreu Amorim a Joana Amaral Dias. Fazer bocejar é crime e a RTP dava-nos Emídios aos molhos asseverando que a cor verde era na verdade um matiz do roxo. António Borges – alguém que aconselha, assessora, o Governo Passos e lança uns bitaites precursores para animar este saco de gatos nacional – aventou a possibilidade de a RTP ser vendida a privados, de a RTP2 e várias rádios serem transformadas em qualquer coisa de extinto e novo em folha, continuando o Estado parceiro a injectar dinheiro graças à taxa em vigor para o efeito.
Não defendo nem ataco esta possível solução. Lavo daí as minhas mãos. O serviço público, isto é, concursos, futebol e relances sociais, há muito não me merecem demasiada atenção ou, do País, a respectiva taxa do audiovisual.
No entanto, acho que o Estado que ajudou a Martifer, a EDP, a PT, a GALP e outras a serem internacionais e suculentas do ponto de vista dos privados, pode e deve fazer o que puder, fazer o mesmo, para que a RTP o seja para os bolsos dos privados.
Não é demagógico. É a vida. O nosso serviço público nunca poderá aspirar à qualidade.
Isso fica com a BBC, ok?! Ah, and fuck
Nuno Santos! Mais um rosto do sistema que faz com que habitualmente pessoas como eu não tenham sequer cinco euros no bolso.
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