DESDINOSSAURIZAÇÃO DA POESIA
Extingue-se a olhos vistos a Poesia.
Parece coisa de somenos e, no entanto, esplende subtilmente tanto!
Vai crepuscular, mas esplende.
Ela não aparece no cómico Finantial Times
porque o seu trágico número de circo
não tem público aí,
aí ninguém há que a nostalgie,
como se nostalgia o comboio a vapor
ou os grandes titaniques que a engenharia
- a verdadeira! - engendrou.
kj
Ando em busca de ela, criança obnubilada pela civilização feérica.
Mas a Poesia a olhos vistos extingue-se, volta ao pó, perde a liberdade,
desaparece das bocas, não está nos corações, todos a ignoram,
soterra-a o seco pragmatismo sem calado dos que a publicam obesos de ego,
e a publicam como quem a sequestrou e a deteve por exclusiva;
devasta-a o grande meteorito dos números-em-vez-das-gentes,
o que a rarefaz é a grande mutação ambiental que se perdeu das palavras
e já não lhes conhece o sabor poético destilado, tão criança e tão livre.
A Poesia era inclusiva. Era isto. Agora extingue-se.
lkj
Por mim, PALAVROSSAVRVS REX,
que se organizem caçadas no rasto de a Poesia,
que se cace ou necrofagie a Poesia, para que, morrendo, reviva.
Que a sua carne se faça nossa carne.
Seja eu Tyranossaurus Rex, o do dizer punhalino e dente
sobre a enorme carne ímpar do tempo presente.
Eu, palavrenorme, palavrousado, temívelavre!
Que se inaugure aqui um pasmo novo por milhões de anos
por causa de esta refeição que salva a Poesia!
Por milhões de anos, novo!
Ferino, farei fúrias palávricas
e talvez somente eu fulgure e flagre A Poesia,
coisa-menina extinta.
Comments
Obrigado pela visita e desculpas pelos erros idiomaticos...
Mas a Poesia está lá, arrumada, sim, visitada por uns poucos, também, mas viva, à espera só que a pintem.
Saudações!
P.S.: podes escrever-me em português, pois sou brasileira, ok? Obrigada.
Ah! Grazie della visita al mio blog, anche se vedo che non sono stato l'unico a riceverla :-)
Un saludo desde las disquisiciones colombianas de le gris!