RETÓRICA, PARA QUE SERVE?
O medo e o excesso de prudência
fomentam a ditadura mais brutal
que é aquela que vem de dentro,
aquela que nos transforma esta torrente de liberdade irreprimível,
vertida em impulsos de denúncia eficaz
mediante a criação e o tom literários,
num singelo caudal timorato, cintado, espartilhado.
çlk
Acredito na energia dos bons argumentos,
mas não me parece que eles valham de muito
sob a nudez de força retórica nuclear.
Pelo contrário, a energia retórica
associada aos argumentos mais viris e ajustados ao contexto
amplifica a Verdade e faz estragos na Vaidade e no Orgulho,
na concepção hoje vigente de que se poderá alguma vez tecer a trama da política
fora da consideração da pessoa
como o centro e o alvo de todas os desvelos.
fomentam a ditadura mais brutal
que é aquela que vem de dentro,
aquela que nos transforma esta torrente de liberdade irreprimível,
vertida em impulsos de denúncia eficaz
mediante a criação e o tom literários,
num singelo caudal timorato, cintado, espartilhado.
çlk
Acredito na energia dos bons argumentos,
mas não me parece que eles valham de muito
sob a nudez de força retórica nuclear.
Pelo contrário, a energia retórica
associada aos argumentos mais viris e ajustados ao contexto
amplifica a Verdade e faz estragos na Vaidade e no Orgulho,
na concepção hoje vigente de que se poderá alguma vez tecer a trama da política
fora da consideração da pessoa
como o centro e o alvo de todas os desvelos.
Parafraseando todo um Texto: o verbo só pode ser deus.
çk
Vem isto a propósito de nítidos recuos de tom e de
de intensidade, devido a desorientação momentânea receosa,
no espírito de muitos quanto ao tratamento da matéria candente socrática,
mal desaba sobre ABC a sua constituição como arguido.
Era justamente necessário agora uma intervenção blogueana
concertada que mantivesse sob tensão e escrutínio:
1) o estranho clima político que impende sobre Portugal,
2) a grossa dimensão imoral de este Poder já amplamente delimitada,
3) a despudorada tentativa operacional de fomentar o retraimento dos espíritos.
Agora é que urgia transformarmo-nos, um a um, em Antónios Balbinos Caldeiras,
isto é, em observadores e descodificadores activos dos sinais e sintomas
levantados pelo grande e profundo diagnóstico metablogueano de ABC.
çk
Era o que de melhor nos podia acontecer por inconveniente que fosse.
Comments
Abraços,
D.
saludos desde mexico