MORTE NO PAÍS DE TODAS MOSCAS

Socialismo na Governação, basicamente, representou megalomania, o saciar de interesses de certos privados, ignorando o bem-estar colectivo. Nenhuma governação séria se faz sem paixão pela sorte das pessoas, sem comunhão com elas e sensibilidade para com elas. Mas o socialismo conseguiu ser seco, rançoso, encornar a fria secura do decisor, conseguiu ignorar que havia mais gente para além do Partido Favoritista afagado por Almeida Santos. Foi capaz de trair as Pessoas, mas não a pateta frota automóvel renovada de seis em seis meses, matéria socialista digna de escárnio e censura pelos políticos de Países mesmo, mas mesmo, ricos do Norte onde se anda exemplar de vespa, bicicleta e transportes públicos e há incomparavelmente menos auto-estradas que a nossa vã filosofia concebe. Socialismo na Governação foi um caso de amor à PT, como se ama uma puta, mas de desprezo de um Alqueva com campos agrícolas bem irrigados. Fundações de encher pneus foram olhadas do mesmo modo que um burro olha o palácio e por isso foram poupadas, mas o Erário Público seviciado, violado, atirado aos cães pelo Socialismo na Governação. No socialismo governamental, ninguém se demitia. Os amigos, os interesses, os rendeiros fixos do Estado Português visitavam-no e opinavam abonatoriamente nas TV, Rádio, Imprensa. Júdice andava feliz com o Socialismo Tecnológico de Foder Dinheiro Público. Proença de Carvalho andava feliz com a Inovação e a Tecnologia de Ponta de Corno do Socialismo Governamental, socialismo tão Visionário como um estuprador de Nações. Nicolau Santos babava o laço e três tostões por causa do Brilho Incandescente que irradiava a Face do Filho da Puta Reformista como um Circo de Anúncios Eufóricos e Pífios. Toda a oligarquia nacional socialista, neo-socialista, andava impante, queixo levantado, próspera, atulhada, atochada, atafulhada de nota, como os nababos das petromonarquias. Havia optimismo e sessões de massagem facial para aquele que haveria de inebriar Paris com a sua presença radiosa-merdosa. Havia rotas de fuga preparadas para qualquer percalço eleitoral. Havia tachos para todos os filhos, sobrinhos e afilhados do socialismo sistémico por que Soares zela como um deus olímpico. Agora já não há Socialismo Sistémico. Veio um Governo 'Horrível' que faz o que deve, governa segundo o máximo de realismo com dinheiro, recebe elogios estrangeiros, recebe sinfónicas vaias internas. Um Governo para doer, recto nos seus imperativos nossos, mesmo que odiemos estas dores de parto de outra coisa ainda mais decente e realista por chegar! Os porcalhões que pisaram o País, os Sem-Vergonha que nos criaram tantos e tamanhos problemas foram a banhos, andam por Paris, a beber-lhe a água, a comer-lhe o foie gras do Nicolau Santos, a beber-lhe o vinho, a fumar-lhe o cigarro pós-arroto, a sujar-lhe as baixelas, a descarregar-lhe as merdíferas evacuações em tão preciosa loiça sanitária, mais danoso, mais nefasto e nefando a um País que uma praga de gafanhotos e no entanto lá anda, como se nada fosse. Para nós, ficaram estas fomes, estes ossos, esta senão morte no País de todas as moscas.

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