NÓS MORREMOS. ELES ACUMULAM

Embora Pacheco Pereira à sua maneira também seja mais um Mesmo do Regime, não poderia estar mais de acordo com a sua tese chuva-no-molhado de um País sucumbido aos Mesmos para quem tudo, mas mesmo tudo!, reverte — como outrora revertia para a Corte e os seus aristoagregados para não falar na burguesia com suficiente jogo de cintura e posição de bruços. Estamos basicamente lixados com a obscenidade insensível das elites! Solidariedade? Nula. Nem um cêntimo a suavizar o presente e o futuro dos condenados. Não sinto que se apercebam minimamente da catástrofe que vai por essas famílias apenas porque onde não há trabalho, não há dinheiro, não há o que comer. Quem não sente também não se mobiliza: o cara de cu, homem dos 73 lugares, deve viver, não noutro País, mas noutro Planeta. Insondável. Não bastava o grande bordel do endividamento promovido alegremente pelo PS-DesGoverno, temos agora os consequentes saques [sem imputação de coisa nenhuma àqueles políticos dissolutos], cortes, contenção, crueldade inevitável, no lombo alheio. Com um pouco de habilidade, e enquanto estamos a olhar para o lado, PSD/CDS vai alimentando a Mesmíssima Burguesia Partidária e Corrupta de Sempre: «Proença de Carvalho é um exemplo típico: advogado de José Sócrates, presidente do Conselho de Curadores da Fundação Champalimaud, presidente do Conselho de Administração da Zon Multimedia, membro da Comissão de Vencimentos do BES – um interessante cargo -, “chairman” da Cimpor, ao todo, só no mundo empresarial, 27 cargos. Proença de Carvalho, como muitos outros neste universo de “sempre os mesmos”, não é “dono”, mas amigo dos “donos”. Competência? Nalguns casos sim, noutros não. Mas não é a competência o critério fundamental. É a confiança. Estes são confiáveis, são dos “nossos”, são dos “mesmos”. Já foram testados mil e uma vezes, no governo, na banca, na advocacia de negócios, no comentário político nos media, e mostraram que estão lá para defender sem hesitações, os “nossos” interesses. Confiança é a palavra chave nos “sempre os mesmos”.» José Pacheco Pereira

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