O SANTINHO DE PARIS
Não faço parte da oligarquia. Tenho sido obrigado a dicotomizar o PS relativamente ao PSD e relativamente ao BE e ao PCP por causa do modus operandi desse partido e da clique que o tomou. Um Governo responsável pela bancarrota de Portugal deveria cair sem apelo nem agravo, sem desculpas nem álibis. O último que caiu, caiu bem, foi unânime que caísse. Foi um consenso total que caísse. Foi algo digno de missa celebrada pelo desbocado Januário. Mas a ala mais perversa do PS insiste que não. Declara que os problemas de Portugal acabariam com o PEC IV, e, para além da relação com a crise mundial e europeia, nada tiveram a ver com o carácter maligno e desmesurado de um videirinho da política hoje a rebolar-se em Paris, entre luxúrias e gastronomias, nada tiveram a ver com a sua estouvada irresponsabilidade, nada tiveram a ver com a loucura de um partido aclamativo como na Coreia do Norte e acefalizado. Não faço parte da oligarquia. Sou pobre e, em breve, desempregado do Ensino. A internet, paga-a o meu pai. O pão, contribui para ele a minha mãe. A partir de 2007, o Parisiense mostrara ao que viera. Comissionar para si mais estradas inúteis. Comissionar para si mais negócios de Estado. Comissionar. Comissionar. Comissionar. Parque Escolar? Comissionar! Nunca se tinha assistido, nos últimos 35 anos, a tanto roubo, instrumentalização do Estado, manipulação dos media, tudo para enriquecer uma clique. Era preciso pôr cobro a isso.
Num País viciado em dívida, supremamente corrupto na política, ávida, e desonesta para com o seu eleitorado, e cujo ápice de corrupção foi sendo o último e infecto PS, ter o FMI a aterrar na Portela era o cenário ideal para que passássemos a viver com o que temos e a ter um Estado Social realista. O FMI, infelizmente, é uma merda. Mas é uma merda melhor que o PS. A Troyka, infelizmente, é uma merda, mas é uma merda melhor que o PS. Eliminar o super-mentiroso ao serviço dos interesses do grande capital foi o grande triunfo da subdemocracia portuguesa contra a manipulação mediática, contra a mentira socialista instalada, contra o one man show, circo, charla, banha da cobra, montados à volta do 'licenciado' na Independente.
O PSD-Governo também enganou. Também mentiu. Também fez merda. Vieram mais sacrifícios. A economia quer ser libertada, mas o PSD tem medo. A credibilidade do País está a ser recuperada, as gorduras abatidas, mas o PS tem medo. A verdade tem os seus dias e as suas noites. Os mentirosos dos socialistas-socratistas transformaram-se em conspiradores activos pelo pior do pior possível para Portugal apenas para confirmar a tese desesperada de que, com o Safardana de Paris, estaríamos melhor. Essa gente, habilitada a intrujar, porta-se hoje pior, mais rançosa e raivosamente, na grande conspiração por que atasquemos, que os comunas em Portugal durante a Guerra Fria. Isso e o esforço insano, dementóide, por reabilitar um crasso desonesto, ladrão como poucos, declarando-o santo. O Santinho de Paris.
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