PASSOS, CRATO, RELVAS, TODOS

Ainda lembro bem, na altura que votava por um Governo Passos sóbrio e exemplar, a esperança que varria o País de que todos os que, sob o disfarce de governantes/parlamentares/políticos, roubaram o Estado e os contribuintes fossem passíveis de processo e prisão. No mínimo. Agora sabemos que toda a protecção se destina à corporação políticos e toda a vulnerabilidade aos outros, a nós. No meio, só pequenas nuances e metamorfoses: a alegria e sorriso optimista com que, no passado, se conduziu o Estado à falência, é hoje o rosto sério, o semblante compenetrado, com que se tenta salvar a canoa nacional, mas sem qualquer clarificação ou accionamento da Justiça, mesmo se a matéria fede. De repente, já não se fala de Paulo Campos e nos esquemas de fuga ao Tribunal de Contas. De repente, José Sócrates nem parece ter sido um primeiro-ministro incinerador de dinheiros públicos e negociatas de mau cheiro. Nada. De repente, Passos, Crato, Relvas, todos, estão muito bem uns para os outros, são todos a mesma coisa e podem começar a limpar as mãos à parede. Protegem-se. Guardam-se as costas. Traem-nos.

Comments

Anonymous said…
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