RTP2, MITOS, MEDOS E IMPASSES
Marcelo Rebelo de Sousa percebeu, eu percebi, já toda a gente percebeu que o Governo quer que a administração da RTP se demita e esta não se demite. Isto não é um impulse, é um delicioso e fecundo impasse. Quanto aos mitos envolvendo a RTP, há vários que necessitam de demolição sistemática. Comecemos pelo mito número três: «A RTP 2 é de elevado interesse cultural. Os que dizem isto não a devem ver com certeza. A RTP 2 tem 3% de share. Em cada 100 portugueses 3 vêm a 2. O que a coloca ao nível de uma televisão por cabo das más.
Os seus conteúdos são quase tudo menos educativos, formativos ou culturais.
Passam as mesma séries requentadas que se podem ver na AXN e FOX. Passam desenhos animados de manhã e de tarde. Passam uns documentários assim assim à noite.
Aposto que muitos dos defensores da RTP2 não devem sequer saber do que estão a falar. Não devem fazer a mínima ideia da irrelevância cultural em que a 2 se tornou.
Não deve ter custos disparatados é certo, mas estou seguro que com muito menos custos se faria um canal equivalente.» Groink
Comments
Ah e a RTP2 não é só isso, também dá várias modalidades desportivas (surf, atletismo, hóquei, andebol ...) que outros não dão. Chegou a ter uma coisa chamada Acontece, têm o causas comuns, o câmara clara e, sim, consegue dar alguns documentários e filmes não mainstrean e portugueses!!
Já agora desenhos animados de qualidade também é serviço público.
Quem não aprendeu com a Rua Sésamo? Com O Jardim da Celeste
Areia para os olhos é o que eu digo. A questão é que eu vou ser obrigado a financiar um canal privado cujo lucro vai para um qualquer grupo de interesses, essa é que é essa.
Miguel, compreendo os teus argumentos. Tu sabes que as coisas têm de mudar e que o Governo tem terror de privatizar a sério. Estou do lado da barricada pela mudança pela mudança. É isto mesmo. Milhares de nós não têm sido poupados. Por que se há-de poupara a nababice instalada na RTP?! Não há País para isso nem havia para o TGV nem para muita e muita merda de encher e fazer circo que nos trouxe até aqui.