AINDA AS DECLARAÇÕES DO SR. PROCURADOR


Estive a pensar melhor nas declarações de Pinto Monteiro, relativas às escutas
de que se pressente alvo ou ao facto de mandar numa casa
em que ninguém manda dado o seu caos: onde há barões, condes e viscondes.
E, de repente, levando em conta que meio mundo opinante em Portugal
o censurou pela leviandade, mais pela primeira parte da leviandade que pela segunda
(Marcelo censurou, Francisco José Viegas, todos o censuraram e se alarmaram),
de repente, dizia, concluí da coragem e importância meridianas das suas afirmações
que nada têm de levianas e se compaginam com as pressões pela demissão
do anterior PGR, incómodo sabedor de muitas incómodas merdas
que desconhecemos.
lkj
O que Pinto Monteiro disse não é gravíssimo. É ainda pior.
Sendo ele somente um homem, apesar da posição que não é uma posição qualquer,
aproveitou para nos dar o mais importante sinal
do estado de vigilância que se vai instalando em Portugal,
muito para além das prescrições oficiais e autorizadas.
Sentir que as escutas se praticam generalizadamente
é um dado coercitivo e intimidatório das nossas psiques intolerável.
E é assim que ele se sente e foi para isso que nos alertou.
lkj
Se isto for um pesadelo, acordem-me, por favor.

Comments

Tiago R Cardoso said…
Pesadelo, não realidade portuguesa.

Considero que relamente são afirmações preocupantes, mas também um grande alerta para o país, o que ele no fundo disse é que tenham cuidado que eles andam ai.

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