COMBUSTÕES EM RETOMA


O Miguel regressou em força à sua página e ainda bem.
Por muito longe que se esteja do nosso País,
com isto da Rede, já nada pode ser como dantes.
Ei-lo atento ao Congresso do PSD e com as suas emanações impiedoso!
E eu saúdo tal visão crítica e judicativa dos Partidos e dos seus agentes
apenas porque me parece profilaxia e desejo de diverso.
lkj
Mas o que é certo é que a distância é hoje um conceito mutante
e são os bloggers a melhor prova disso porque há imperativos,
causas e compromissos que se impõem às dinâmicas de um espaço
e de um contexto inteiramente novos.
(Eu mesmo pude experimentar, para além da mesma atenção bem informada ao País
nos meus textos, uma sensação intensa de proximidade física com Portugal
quando, por mais de um mês, estive embrenhado no meu querido Brasil pernambucano
porque senti na contiguidade cultural e linguística,
uma espécide de ilusão de contiguidade física e geográfica com Portugal.
É difícil explicar isto, mas penso que o afecto 'afectou' para sempre
a minha perspectiva meramente factualista da Geografia e da História
porque as revestiu de sabor e de vínculo.)
lkj
Esta é a era em que a Saudade se corporaliza como nunca.
A Saudade é agora uma coisa do Corpo no plano da Sensorialidade e das suas faltas.
Porque pelo espírito e pelo coração
estamos onde queremos estar: e é aí que laboramos,
aí que reflectimos e é até aí que nos saciamos,
acalmando o lado participativo, emocional, intelectual e causístico da Saudade
que por isso mesmo nos magoa menos ou nos magoa diferente.

Comments

Menina do Rio said…
A distância pode ser relativa ou absoluta, dependendo da ligação entre as partes: Um amigo pode estar presente, mesmo com um oceano ao meio, ao passo que num amor estas distância física é mais sentida...

Querido amigo,

Amanhã 16/10 o blog Momentos de Vida completa um ano e gostaria de fecha-lo em grande estilo. Conto com a vossa presença! Obrigada!

Beijinhos
Olha que não é bem assim. Eu que sou um bicho nómada que anda de um lado para o outro e gostaria de nunca parar. No entanto lembro-me de uma noite em Bruxelas ter passado pelas ruas estreitinhas com restaurantes de toalhas e guardanapos coloridos, maravilhosamente dispostos como só os belgas sabem fazer, e ouvir um pedinte de rua com um harmónio a tocar um fado de Coimbra. Eu estava fora de Portugal há mais de 2 meses e não me parecia muito mas quando ouvi o fado de Coimbra, caramba, aquilo mexeu de uma maneira que apanhei o primeiro avião e regressei. Claro que a internet e mesmo a TV dão-nos uma sensação de proximidade mas não têm calor.
quintarantino said…
ó camarada Fellini, e o amigo andou lá pelas terras de Pernambuco e não relata aqui nada? Nem do sabor das fantásticas caipirinhas que em certos bares manhosos por lá se bebem...
Ricardo Rayol said…
o que é mais legal é exatamente estarmos em pontos distantes mas a relatividade é gritante.

Popular Posts