CORRUPÇÃO EM PORTUGAL: O LEVANTAR DA PONTA DO VÉU
Luís Vilar
lkj?
Eis um facto isolado, infelizmente.
Será só mesmo o levantar da ponta [Somague-lembram-se?] de um véu
em que corruptores e corrompidos se enroscam e enrabam com mútuo consentimento,
e que deve ter justificado um pouco, só mesmo um pouquinho,
a razão de ser da causa-mor de João Cravinho:
medidas corajosas de combate à corrupção em Portugal
para que haja justiça no País e não continuemos com a sensação
de que só se tomam medidas corajosas covardajosas que penalizam e danam
os sacrificados de sempre, nós, os mesmos contadores de tostões de sempre.
lkj
Sabemos que perante o projecto de João Cravinho,
o Governo assobiou para o lado, o que aquele deixou num pasmo descomunal.
Embora Luís Vilar soe mais ao bode expiatório necessário, entre uma multidão oculta,
aquele que é sacrificado para que outros iguais ou piores sigam medrando anonimamente,
pode ser que deixe de ser possível continuar a assobiar para o lado indefinidamente
por muitas razões, uma delas o facto de estarmos nós, bloggers, aqui,
atentos e sedentos:
lkj
«Luís Vilar - líder da concelhia do PS de Coimbra
e membro da Comissão Nacional do partido - foi acusado pelo Ministério Público (MP)
da prática dos crimes de corrupção passiva para acto ilícito,
tráfico de influências,
abuso de poder
e de financiamento partidário ilícito.
lkj
A notícia foi avançada pela edição online do semanário "Sol",
que acrescentava que, no caso do financiamento partidário ilícito,
se trata da primeira acusação desenvolvida pela Ministério Público,
ao abrigo da nova legislação para financiamentos partidários indevidos.
lkj
Aquele semanário acrescentava que, segundo a acusação
(deduzida nos finais de Setembro), Luís Vilar solicitou
e recebeu
10 mil euros em numerário de um promotor imobiliário,
destinados à campanha do PS nas eleições autárquicas de 2005,
não tendo, de acordo com o MP, divulgado a proveniência do dinheiro.
lkj
Acrescenta o "Sol" que não passou recibo ao referido promotor,
omitiu o financiamento ao mandatário do partido na campanha
e utilizou metade dos 10.000 euros para fazer um donativo pessoal
para as contas da candidatura do PS à Câmara de Coimbra,
então encabeçada por Vítor Baptista,
o qual diz desconhecer os donativos,
desmentindo que Luís Vilar fosse angariador de fundos para o partido,
como acusa o MP».
lkj
in JN
Comments
Beijocas grandes
Os partidos de poder protegem-se porque são igualmente responsáveis e porque a corrupção só sobrevive se um respeitar a corrupção do outro. E é isso que têm feito.
E a propósito: cadê o caso da Fatinha Felgueiras e do Ti Isaltino e tantos tantos outros que levava o resto da noite a escrever?