ESTADO DE ESTUPOR


1. Evidentemente que a manipulação mediática em decurso não permite que se faça agora mesmo a devida justiça à foma como se traduz o trabalho de este galheteiro do ME para as estatísticas assim como o de todo o Governo. A Propaganda pode muito e gera muito zelo. Pode mesmo branquear o uso de violência e de abuso sobre as pessoas, mesmo dourar a negritude de ter a razão exclusivamente, mesmo rasurar as vítimas que o impô-la, à razão exclusiva, semeou, mesmo o urdir de quantas tropelias há para que seja imposta. Há quem chame à reacção contra isto, espernear. E tudo isto parecerá valer a pena só a cretinos. Do mesmo modo 'resistir' da ME, resistir porque os dez mil euros de vencimento fazem falta para pagar o crédito imobiliário e a razão bem pode ficar perdida, a credibilidade e a confiança bem ficar perdidas. O lugar ministerial permanecerá intacto. Para conservar uma coisa tão prosaica como dez mil euros, qualquer um resiste, não é demitido como deveria e faz por não desistir, contra tudo e contra todos, qualquer um de esta estirpe nova de políticos-lapa com ventosas e sem semancol, faz por enfrentar as dificuldades que basicamente são a voz do bom senso e o grito sentido de aviltamento e de indignação cilindrados em mais de cem mil na rua e nas escolas. Assim é fácil. Ignorar o clamor das pessoas, é fácil. Passar por cima de ele, tem de pasmar-nos na facilidade evidenciada. A democracia assim subvertida enche-nos de um estupor inesperado. Ante a falência da Justiça e do valor da participação cívica das pessoas e dos grupos só nos resta o estupor que vem imediatamente antes da rebelião provavelmente raivosa. O caminho para o sucesso não é esta mentira e esta violência que a odiosa Maria de Lurdes Rodrigues simboliza e pratica cada vez mais ocultamente, gasta e queimada que está. Se interessa ao Governo denegrir o prestígio da Standard and Poor's para manter viva a deriva despesista e endividatória, cabe-nos igual legitimidade ara desconsiderar o relatório da OCDE sobre política educativa para o primeiro ciclo (2005-2008) em Portugal: há relatórios que são favoráveis com a oferta de um bom SPA, umas atenções e simpatias, sobretudo quando governamentalmente se atravessa o deserto a caminho do Inferno. Os rasgados elogios que se possam fazer à ministra da Educação, vindos da boca de onde vêm, a do primeiro-ministro, valem o que valem dentre a já vasta enciclopédia do verbo de encher, da deflacção completa da palavra, da demagogia pespegada com que quer agora dourar as "dificuldades" de Maria de Lurdes. Resolvidas como?! Resolvidas a torturar de burocracia insana as escolas e a ignorar a experiência no terreno. É preciso não ter vergonha para vir agora resgatar as incompreensões sofridas por Maria de Lurdes. Resolvidas como?! Resolvidas com o esmagamento da discordância e com indiferença perante todas as demais vozes. Na verdade, as políticas unilaterais e sem futuro de Sócrates, pelas quais Maria de Lurdes Rodrigues deu a pior cara que podia, têm enfrentado e vão continuar a enfrentar uma oposição cabal e espiritual dos professores e de quantos para tanto tenham suficiente isenção e sensibilidade. Não pode ter perdão a impenitente guerra desencadeada pelo ME, o imponderável de conflitualidade, de caos, semeados pelo ME, o clima de desnorte lançado pelo assédio legislativo inundatório do ME. Se o objectivo era destruir os fundamentos espirituais da Escola Portuguesa e reduzir a escombros a dignidade docente, missão cumprida. 'Valeu a pena'.
kjh
2. Por experiência, sei que a generalidade das pessoas seguirá indiferente ao facto de mais de 963 milhões de pessoas continuarem a ter fome ou a passar graves carências alimentares, o que representa uma “grave crise alimentar” que tende a agravar-se e para a qual é necessário um esforço global. Há um princípio de alheamento dos problemas a não ser que eles nos perfurem a paz directamente. Um longínquo desemprego e uma longínqua fome serão sempre dos outros até se tornarem dos mais próximos ou até transformarem espíritos saudáveis em eternos inseguros, desconfiados, indispostos à reedição da amargura da precaridade. Foi e vai sendo assim que o tal paradigma Madoff e BPN destrói e anula, longe de a promover, a dignidade inalienável das pessoas. Bebedeira da desonestidade sôfrega, esse paradigma fez com que, por exemplo, o Estado Português sossegasse o Buraco no BPN, agora desaparecido milagrosamente das notícias, caucionando com toda a certeza oa actos e os ganhos de esses ladrões ocultos que medraram no seu seio. Sim, a fome, o desemprego, a miséria. Sim, a mais completa e fria indiferença também. Sim, claramente a iniquidade grassando e medrando sob o pulso abafador de um enorme e eucalíptico berluscão.
lkj
3. Há alguns meses, quem ouvisse uma reportagem na TSF sobre a vida dos e nas Polícias, depoletada pelos sucessivos suicídios até então ocorridos entre jovens agentes de ambos os sexos ficaria inteirado acerca do que a legislatura pratica. Quase sempre os suicídios eram devidos a dificuldades económicas deprimentes no exercício da profissão levando a situações familiares igualmente deprimentes e, por isso mesmo, viam-se aqueles jovens de repente atirados para uma irredutível depressão de onde se resvala imediatamente para o desejo de morrer. O desejo de morrer medra bem na solidão mórbida, no desenraizamento e na confiança traída entre pares, amplificadas pela angústia de ganhar mal de mais em face de incontáveis agruras. Ora, estes problemas e angústias são abafados pela Propaganda, pelo Estado de Propaganda. Mas conviria que todos os cidadãos ficassem inteirados sobre a estratégia seguida por esta legislatura no modo como encara as pessoas e o seu bem estar no exercício da profissão. Que confiança poderemos ter nos prestadores de serviços importantíssimos para o Estado se a angústia por razões económicas reveste a sua acção?! A estratégia seguida é um nado morto. A nada levará empobrecer e roubar dingnidade, direitos e regalias, banalizando-os, aos funcionários púbicos. A história honesta das chamadas Reformas está por fazer porque mais parece uma redestribuição, tirando a quem ganha e tem pouco para premiar e acrescentar mais quem já ganha pornograficamente para um país como o nosso. Cada qual a seu tempo, professores, polícias, enfermeiros e médicos, foram comprimidos e espremidos nos seus direitos e regalias, mas o Estado não ganhou nada com isso, a despesa pública explodiu literalmente com a socratura e a dívida pública estrebuchou e esperneou em mais 32%. Algo está muito mal explicado. Não é difícil demonstrar que enquanto esta legislatura assim processida com a base, no topo o que se passava era a rebaldaria do costume que faz de Portugal um país atrasado e o seu desempenho económico um riso triste: se alojadas no seu cerne temos funções e funcionários a fazerem-se pagar indecorosos honorários e obscenas comissões, em vão desmoralizará o Governo os seus polícias, os seus professores, enfermeiros e médicos. Como diz um amigo e muito bem, é bom e obrigatório que haja sectores que não sejam lucrativos: a Saúde não pode ser lucrativa. A Educação não pode ser lucrativa. A perversão está toda aqui. Ser político e vampirizar o Estado por dentro com essas Directorias Gerais que engordam indevidamente a clientela política do PS/PSD condena Portugal, desmoraliza-nos a todos e descredibiliza esta fachada grotesca de democracia. Em vão tentarão atirar as pessoas para outros bodes expiatórios. Por isto mesmo, é muito natural que a Comissão Coordenadora Permanente das Forças de Segurança (CCPFS) tenha estabelecido o dia 15 de Fevereiro como data limite para que o Governo faça chegar a cada uma das cinco forças policiais os estatutos que regulamentam as respectivas actividades. A decisão será anunciada amanhã, durante uma reunião a realizar em Lisboa, com a ameaça de que, caso a data limite não seja cumprida, as forças de segurança irão marcar nova assembleia e, no cenário de a votação assim o determinar, poderão convocar acções de protesto conjuntas, entre as quais se incluem manifestações. Algo de muito adiantadamente putrefacto medra nas estruturas do Estado. Quando formos a ver, nem com cadáver removido de cena nos livraremos do fedor.

Comments

joshua said…
Malditos ingleses
O senhor presidente do Conselho disse aos indígenas deste sítio cada vez mais corrupto e cada vez mais mal frequentado que estava indignado com as notícias sobre o caso Freeport e que ia defender a sua honra e honestidade até ao fim.



Também avisou, não se sabe bem a quem, de que não era com este tipo de ataques que o atiravam ao tapete. Falou ainda em insultos e difamação. Tudo com um ar feroz, a olhar sabe-se lá para quem. Para os jornais e jornalistas não era certamente, porque não foram eles que licenciaram o empreendimento de Alcochete a três dias das eleições de 2002. Para os dirigentes da Oposição não era certamente, porque têm estado mudos e quedos.

A indignação, os avisos, as ameaças, a voz alterada, o ar de animal ferido não podem ter como alvo o procurador do Montijo e o juiz de instrução do mesmo tribunal que desconfiaram da celeridade do processo, das irregularidades do mesmo e nomearam uns tantos suspeitos de corrupção passiva para actos ilícitos.

A acusação de perseguição não pode ter como destinatários o procurador-geral da República, Pinto Monteiro, e a procuradora Cândida de Almeida, responsável do DCIAP, que ordenaram as buscas a um escritório de advogados, a um ateliê de arquitectura e a uma empresa do tio do senhor presidente do Conselho. O animal feroz só se pode sentir difamado e atacado por um tio que admitiu ter combinado um encontro do então ministro do Ambiente com um promotor do Freeport e por um primo que aproveitou a boleia da audiência para pedir uns contratos de publicidades aos responsáveis da polémica obra de Alcochete.

Os avisos e as ameaças do senhor presidente do Conselho só podem ter como alvo os polícias britânicos que andam há uns tempos a investigar a falência da Freeport Plc, que tinha como accionistas importantes figuras da sociedade inglesa e até membros da família real. As ameaças indignadas do senhor presidente do Conselho só podem ter como destinatário o seu camarada inglês Gordon Brown, primeiro-ministro do Reino Unido, que ainda não fez nada para parar as investigações em curso e que, ainda por cima, deixa as autoridades inglesas contarem alguns pormenores da investigação aos seus colegas lusos e passarem algumas informações para a Comunicação Social indígena.

Os cidadãos deviam ser poupados a este tipo de fitas, ainda por cima em tempos de crise. Cenas dramáticas de corrupção no Freeport só mesmo em inglês.

António Ribeiro Ferreira, Jornalista
antonio ganhão said…
Somos um país incompreendido com um salvador sem alternativa...
Anonymous said…
Toma lá um galardão:

http://bandeiranegra1.wordpress.com/2009/01/26/somos-premio-dardos-gratos-venerandos-obrigados/

Abraço.
Joaninha said…
Josh my friend,

(é que em ingles tem mais estilo ;)

Carago (desculpa lá o termo) mas já não aguento olhar para as trombas do homem pá! Aqueles olhos esbugalhados e ar de quem tirou o curso pelas papas cerelac deixa-me a tomar xanax de 10 em 10 minutos...

Depois a Maria, a Lurdes a Maria de Lurdes...Essa tipa parece aquelas mulher que fez uma plastica que correu mal...Ou seja ficou feia na mesma, só que agora ficou também sem expressão facial....gghhh, NOJA!

Desculpa estou a desabafar estupidamente, para mal dos meus pecados não tenho a tua capacidade de por para fora as tripas...Oh well, tuff...

No fim de contas o que relamente se passa é que, tal como tu, já não aguento o fedor do cadáver...

Beeeijos amigo
Daniel Santos said…
1 - Discordo que algum país ou banco se guie por uma ranking feito por uma mera agência, por muito prestigio que essa agência tenha.
Dai que denegrir a imagem da agência, me seja totalmente indiferente.

Quanto à senhora ministra, não falo de marionetas.

2 - Muito bem, assino por baixo.

3 - e muito bem outra vez. Rectificando "propaganda do estado" para "propaganda do regime".
Anonymous said…
O que cheira mal está em decomposição logo dará ossada brevemente.Pena a icineração não ser logo autorizada para o pó volver ao pó e acabarmos de vez com isto! por que o que mais incomoda é mexer...
Anonymous said…
O Joshua tem razão, este é o país do NUNCA... e são os próprios que não se cansam de o proclamar. Nunca houve acusações em qualquer dos processos levantados aos socialistas até aos dias que correm (as poucas detectadas foram erro da justiça)... Nunca houve um único ministro, secretário de estado ou qualquer outro dirigente socialista que tenha cometido a mais pequena infracção à lei em toda a sua vida... Nunca houve tráficos de influência em qualquer dos governos socialistas desde que estes assumiram o poder nos 34 gloriosos anos que levamos de democracia... Nunca houve ministros mais sérios e íntegros do que os socialistas até ao presente... porque Nunca houve um só ministro ou dirigente socialista julgado e condenado pela justiça em Portugal... Nunca houve ministros mais honestos e incorruptíveis do que os socialistas... Nunca houve portugueses mais esforçados e dedicados à causa democrática do que os abnegados socialistas... Em suma, desde que Portugal existe como país nunca houve governos mais patrióticos e amigos verdadeiros do seu povo do que os encabeçados por socialistas...

O "habitualmente esfíngico" PSP, que se exaltou a determinada altura da entrevista, mais não foi do que uma encenação perfeita (como salienta um anónimo e bem) liderada pelo "Crespo para toda a obra". Pra prová-lo basta lembrar as palavras com que ambos se despediram (que o Crespo repete em todas as entrevistas supostamente polémicas e os convidados secundam - tratar-se-á seguramente de uma senha) e sorrisos cúmplices incluídos, que nunca faltam e amigos como d'antes... Nem poderia ser doutro modo, o Crespo e toda a comunicação socialista que ampara o poder instalado, foram precisamente treinados para representar exemplarmente esta tragicomédia ainda que o não pareça. Aqui reside a suprema arte dos comediantes em cena há quase 35 anos... com os excelentes resultados constatáveis.

De facto, como alguns socialistas não se fartam de repetir - entre eles sobressaiem com nota distinta o V.J. e o o F.R. com as suas famosas tiradas cómicas do primeiro destes sobre o segundo e do segundo sobre P. Pedroso, de que são pessoas "íntegras e honestíssimas"... viu-se - o NUNCA é legítima e indiscutìvelmente a palavra de ordem deste partido... Realmente Nunca houve em toda a História de Portugal partido mais corrupto, oportunista e burlão que tenha governado, mentido e roubado tanto e por mais tempo o povo português.
Maria

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