UM FUNERAL DE ESTADO PARA A RTP
O negócio RTP dá prejuízo. E eu não quero pagá-lo. Somos aliás pobres em parte porque os partidos de Governo, especialmente as últimas governações, usaram e abusaram da RTP, instrumentalizaram-na, destruíram-na por causa dos seus interesses de facção, eleitoralismo, cunhas, luxos, actos repletos de incivilidade. Interessa pouco quem serão os últimos coveiros da RTP, se é Passos e Relvas, na concessão que provavelmente arquitectam, ou se foram sucessivos Governos fúteis, primários e glutões, incapazes de moralizar e frugalizar a Estação em devido tempo. A extrema decadência moral dos últimos Governos do PS, por exemplo, condicionou alterações radicais na vida habitual do País. Sentimo-las hoje. Gosto muito da RTP e adoro o Canal 2, cujo serviço à cultura, à memória e identidade da nossa comunidade não pode ser posta em causa. Mas dão prejuízo! E eu não quero pagá-lo. A História de Portugal mereceria um extremo respeito pelos dinheiros públicos de que o PS-Governos nunca se mostrou capaz, cego dissipador. Agora, a cura e a correcção poderão ser à bruta. Não vale a pena chorar lágrimas de crocodilo e rasgar as vestes, cena a que se dão bastos socialistas. Pensassem nisso antes.
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