GIL PRESTES A CILINDRAR ALVALADE
Vieira pode até ser o coveiro do Sport Lisboa e Benfica, tendo sozinho aberto a tumba de um passivo que vale por dois do Sporting Clube de Portugal, mas neste momento o problema desportivo mais candente é outro: o SCP de Ricardo Sá Pinto não carbura e hoje todos temem ou aguardam que o Gil humilhe Alvalade ao ponto de não faltarem sport-lisboa-e-benfiquistas a querer assistir in loco a esse tombo. É deprimente que o Ricardo Sá Pinto nem se dê conta da fraqueza e desmobilização total, intra e extrabalneário, que o seu discurso gera. Pobre, perro, repetitivo, bloqueado, pessoalizante, autocentrado, fantasioso: não adianta haver garra, talvez o mito da garra, sem que no terreno se vislumbre cultura táctica, coesão, e sobretudo um pensamento profundo do jogo, adaptado a cada momento e circunstância. Sá não é, decididamente, um intelectual do jogo e por isso, ou também por isso, não atrai nem irradia energia. Não é convincente. Depois há um velho e severo problema de liderança no SCP que explica o já longo cortejo de treinadores sempre mal defendidos e atirados para um insucesso fatal. É sobretudo essa a kryptonite que enfraquece o clube.
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