A REVOLTA DO CARUNCHO

A hora é de ir para a rua e permanecer lá. Toda a gente, unida, num propósito pacífico e regenerador. Contra o caruncho dos partidos, contra o caruncho dos sindicatos, contra o caruncho no Parlamento, contra o caruncho das governações e directórios europeus anti-cidadãos e anti-famílias, contra o caruncho do Regime. Caruncho também é não querer ver que os chulos da autoproclamada Esquerda Moderada, que chularam Portugal na última década e meia, e cujos actos decisórios determinaram para nós pesados problemas nas contas públicas devem ser criminalizados como parte compensatória dos nossos sacrifícios e do sentido geral de Justiça que todo se esboroa. Não devem os socialistas ser criminalizados pelo simples facto de serem socialistas nem isso faz qualquer sentido, mas o que acontece é que são protegidos, absolvidos e perdoados pelo simples facto de serem socialistas quando o seu único socialismo é o das lautas comissões sornas nas PPP, o socialismo ávido dos tachos, sinecuras, benesses e posições. Os partidos de Poder, PS/PSD/CDS-PP, são caruncho e todos eles socialistas na acepção carunchosa de socialismo tal como os restantes partidos de Esquerda comem as migalhas do Sistema Podre do Regime e só fazem sentido na medida em que passemos mal nesta viagem inexorável de mal a pior. Nenhum deles pode salvar-nos do Portugal que minaram e destruíram. Necessitamos de decisores com profissão e sem nada a perder, desde que nos federem a confiança e a crença e não se separem das gentes, como Passos-Borges fizeram.

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