UM GRANDE EDITORIAL
Não costumo elogiar os escritos de quem, algures no passado, foi escudo e protecção quase incondicional precisamente de actos e políticas conducentes à nossa realidade presente. Falo de Fernando Santos que hoje está de parabéns por todo o editorial no JN, sobretudo a denúncia daquela sede grunha de Poder que nada justifica: «Atraiçoar a memória por conveniência é comportamento rasteiro. Afinal, este Governo, teimoso e experimentalista em doses não recomendáveis, foi legitimado pelo voto democrático, em socorro a uma bancarrota produzida pela via da megalomania. E não pode abrir-se espaço à fuga às responsabilidades de alguns dos que empenharam o país, hipotecários de muitas gerações futuras (o escândalo das parcerias público-privadas na primeira linha). Impõe-se, pois, não alimentar um efeito matilha, misturando princípios éticos com o voo de rapina sobre o Poder!»
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