MORTA A TSU, FICARÁ INTACTA A ABOMINAÇÃO
Segundo o comunicado pós-Conselho de Estado, ontem, a TSU está morta. Porém, se o saque não for assim, será assado. Escandalizo-me que não haja coragem para expor todos os números imputáveis aos que tiveram responsabilidade pela situação económica do País. Um benefício evidente do recuo da TSU por parte deste Governo foi que resultasse de uma reacção popular massiva. Evidentemente que poucos têm noção do buraco tenebroso fomos atirados e que custos e sacrificios são necessários para dele sair: já não se trata de uma questão deste Governo, mas de constrangimentos herdados e contextuais a que nenhum Governo poderá escapar, fale manso ou acovarde-se como se acovardar. O Primeiro-Ministro mostrou que os acontecimentos e as vozes que se levantem têm o poder de transformar a sua determinação experimentalista em acomodação de alternativas, em flexibilidade e em bom senso. Certo é que faça este Governo o que fizer, herdou um lastro pesadíssimo e escandaloso que atenta indirectamente contra a sua credibilidade: é um escândalo termos tido à frente dos destinos de Portugal uma figura reles como Sócrates ou inane como Teixeira dos Santos, tal como é um escândalo não termos uma noção o mais completa possível das PPP de que sintomaticamente todos falam, Seguro, Portas, Gaspar, e que, a par de outros actos de devastação governativa passados, nos condenam a uma dramática vertigem de pânico dada a situação de emergência nacional. É injusto imputar o afundamento do País e a crise económica a todos os actos falhados e tentativas desesperadas do Governo Passos para nos colocar a crescer o que nunca crescemos na primeira década do século XXI. Necessitamos de outra austeridade. Necessitamos de denunciar a incompetência e a ruína que nos trouxeram ao ponto dramático em que estamos. Cuidado com quem assobia para o lado e se arroga nada ter a ver com o nosso desastre. Cuidado com as vozes caninas dos socratistas que, após anos de vampirização dos Orçamentos, nos aparecem agora virginalmente colados às coreografias de Esquerda e às rasuras institucionais de Esquerda. O imbecil Soares deu o mote: derrubar o Governo resolvia-lhe o problema dos 30% a menos da subvenção estatal.
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