LISTAS DE CROMOS PARA TODOS OS GOSTOS
Em Portugal há ainda a tendência para ideologizar aquilo que é somente moral. É, aliás, por trás da pretensa ideologização que se esconde o pior e moralmente mais destrutivo nos principais partidos. Os partidos do arco do Poder não têm ideologia propriamente. Têm, sim, moralidade ou sobretudo imoralidade públicas. Não vale a pena extremar e dicotomizar apresentando um elenco de personalidades supostamente marcadas pela ideologia ou campo político, quando o que vemos é um cortejo de actos. Encontramos, sim, agentes com acções menos morais para todos os gostos e por isso é impossível apontar o dedo a Cavaco Silva sem apontar também o do meio a Mário Soares; não se percebe que haja animais que detraem Carlos Abreu Amorim mas deixam passar em claro o grande Lello, polvo dos tachos infinitos ou o seu sósia e filho fisionómico Vitalino Canastrão. Para quê apontar a eternidade eternizada de João Jardim e deixar por mencionar a eternização eterna de Mesquita Machado?! Da mesma forma, todos detestamos Dias Loureiro por óbvias razões, mas é um dever da objectividade juntamos à lista Armando Vara, que não lhe fica atrás em nada. Também nenhum de nós que lê jornais, vê TV e ouve rádio se enche de amor pela rapacidade incrustada em Valentim Loureiro, Isaltino Morais e Duarte Lima, mas é, pelas décadas, impossível ignorar o Supremo Rapace e Charlatão Sócrates, bem assessorado pelo pequeno rapace e sequaz Paulo Campos somado a todos os pequenos galfarros associados à mesma gula e que pelos actos e opções políticas não golpearam um Banco, mas um País. Não se percebe, portanto, por que motivo os filhos da puta socratistas fazem listas que deixam de fora os seus heróis mais devoradores de Orçamentos e mais agregados ao tachismo mais fedorento. Por exemplo, não haverá, pelo menos, uma distinção infinita entre Ângelo Correia e Jorge Coelho?! Ou entre Ferreira Leite e Maria de Belém?! Entre Pacheco Pereira e as línguas de tendência crassa Pedro Adão e Silva, Emídio Rangel, Proença de Caralho?! Ou entre Manuela Moura Guedes e a lambisgóia Fernanda Duplipensante Câncio?! É verdade que há. Tal como há infinitamente mais independência em Medina Carreira, em João Duque, no José Manel Fernandes, no grande Eduardo Cintra Torres, no mordaz João Miguel Tavares do que no grande aviário de glutões e maçónicos em que o Partido Socialista se converteu. Mas, infelizmente, os cabrões do socratismo são doentes pelo vício do Poder, pela loucura do Poder, pelo endividamento criminoso e lucro pessoal dados e permitidos pelo exercício opaco Poder. Basta lê-los para constatar o lado mais reles e demoníaco da política em Portugal: enquanto houver socratistas, não digo socialistas porque os há dignos, o País continuará em risco de resvalar para a confusão, a mistificação, o clima de burla. De resto, tenho defendido aqui que essa ala do PS deveria ser investigada, escrutinada até ao último pentelho e remetida à prisão com todos os fundamentos do dolo, da incúria, do crime administrativo contra Portugal e os Portugueses.
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