VIBRADORES, CIGARRAS E CIGARRETES

Não vale a pena assobiar para o lado. As cigarras do ministro Miguel Macedo só podem ser os que enriqueceram graças a apoios chorudos do Estado-PS e que hoje vivem como nababos em Paris e no raio que os parta, postos a salvo de todo o cuidado, rindo às gargalhadas dos milhares que se têm manifestado com palavras de ordem tardias e deslocadas. Nesse tempo, quando Portugal ia pelo melhor dos mundos possíveis, havia analistas, comentadores e jornalistas que calavam quaisquer observações negativas ou suspeitosas ao trajecto devastador do Governo-PS, cujas baças personalidades andavam excitadas consigo mesmas não cabendo de autoexcitação e auto-sexo consigo mesmas, lambendo-se e chupando-se a si mesmas de autofascínio. As cigarras do último dinheiro, antes de isto dar o berro, atiravam-se a obras, supiravam por mais betão, faziam inaugurações. Cantavam e cantavam. Ao contrário da fábula, quem amarga, sofre e chora, antes, durante e depois, são as formigas.

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