JARDIM GONÇALVES: POSTA-CARTA ABERTA, QUASE TELEGRAMA
Caríssimo Exmo. Presidente do Conselho e Insígne Membro Fundador
do BCP (Banco Com Papá)
lkj
Enquanto cliente e vítima do seu Banco,
dentro da lei que vos favorece em quase tudo e nos vitima em quase tudo,
venho pedir-lhe a abertura de uma excepção estratégica ao meu caso e,
ignorando inteiramente vossa mercê o que o Banco de Portugal
(tão omisso em matéria de números redondos)
tenha a assinalar sobre o meu bom nome, limpo como um pau de galinheiro,
vinha pedir-lhe, dizia, que me desse, assim, de mão beijada,
como se eu fosse um seu filho querido,
um módico financiamento de 12.000 euros.
Uma coisa assim dada e perdoada também!
12[.000] porque é o número das Doze Tribos e dos Doze Apóstolos.
12.000 porque eu não sou ganancioso e não estamos aqui a falar de 12.000.000 de euros
perdoados pelo nosso BCP ou, tão péssimo na mesma, assumidos e pagos por si,
na vez do seu filho cliente e accionista,
num horrível mau exemplo, desmoralizador e anti-ético, antiprofissional, anti-isento, anti-etc.,
com mais custos de imagem para o seu Banco que quaisquer benefícios para a sua família.
lkj
Estamos a falar de apenas uns trocos, esses 12.000 que lhe peço.
Ora estes trocos são nada comparados com a debandada massiva de clientes maçados
em face da presente queda de credibilidade da vossa instituição bancária.
Tais trocos são cuspo, comparado com aqueles clientes quase perdidos
que só se sentem bem com o seu dinheiro lá,
onde haja credível equidade e não apenas boa publicidade,
conforme acontece hoje no BCP.
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Deixo-lhe aqui o meu NIB [0033 0000 453 1876 7049 05]
para que veja que isto não é só literária retórica,
mas a mais transparente justiça exigida para aplicar à mais transparente necessidade,
neste caso a minha,
deixo-lho para que perceba que isto é a sério,
eu sou um bom cliente do Millennium, até o anuncio aqui gratuitamente,
portanto, não me faltam argumentos a atestar que mereço o que peço!
Que a Ordem de Malta lhe esmalte a generosidade democrática!
Que a Opus Dei lhe dê a percepção da justiça particular do meu pedido.
Opus Dê-me a mim também o que lhe peço e matarei a minha fome.
(Talvez mate as minhas pulgas
e atenue o Álvaro de Campos que nasce e medra em mim
para o bem e para o mal!).
lkj
Em última hipótese, mudo de Banco e vou jardim-ressalvar
jardim-excepcionalizar, jardim-prevaricar nos estatutos, para outro lado,
além de que o exmo. Presidente e Membrudo Fundador não haveria de gostar
que eu me tornasse um importante accionista, pois não?
E que, sem reservas, apoiasse, por palavras, actos e postagens,
uma OPA do Joe Berardo ao seu BCP, pois não?
Ou uma sua (dele) posição ainda mais dominante,
ele que é Rei de Portugal, pois não?
Pois não!
lkj
Então é porque estamos conversados!
Eurum vobiscum!
Mecum non est nunquam!
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