ALTRUÍSMO A PIÇA!
O meu amigo Tarantino escreve a sua crónica de sábado a qual, como outras de tantos outros, pela enésima vez nos recorda o grosseiro princípio de injustiça que entretece pachorrentamente a vida social portuguesa nos seus desníveis obscenos. Não, não há direito nem há decência no País das reformas demasiado douradas, por um lado, e das pensões demasiado miseráveis, por outro. Apesar de tudo, apesar de esse princípio maligno da nada comezinha obscenidade instituída, que faz de Portugal o beco que é, ainda não fomos para as ruas como franceses, ingleses, espanhóis e por muito menos: «E sim, faz-me espécie que uns tenham reformas de 5 ou 10 mil euros, enquanto outros se têm de contentar com valores de 200 euros; e sim, faz-me espécie que um reformado possa ser indigitado para cargos onde suponho que trabalhe; e sim, faz-me espécie que nos queiram apresentar estas opções de prescindirem da parte menor do seu rendimento como um gesto de altruísmo pelo qual devíamos estar todos agradecidos!»
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