NO PAÍS DE BERLUSCÓCRATES
A espécie humana não cessa de surpreender-se a si mesma nos seus espécimens mais cruéis e mais excêntricos. Ele é o marido brasileiro que reclui a mulher num local à mão, mas hermético e indigno do mais insignificante dos bichos. Ele é o Governo que esgalha manter-se em funções der por onde der, apesar do absoluto descrédito dentro e fora de portas. Certamente, os mercados largariam o osso português com actores políticos mais credíveis, pelo menos limpos de trapaça e isentos de aldrabice, pelo menos com melhor carácter, e, portanto, sem o historial socialista-socratista de mentir grosseiramente, mentir por sistema, mentir alegremente, mentir em dias de sol, mentir em dias de chuva, mentir na dúvida, mentir na certeza. Mentir a rir. Mentir! Se empobreces, português, é por causa do registo mentiroso de quem te governa e tu deixas. Se empobreces, português, é por causa da protecção à corrupção e por causa das prendas com que o Regime se verga aos amigos e te carrega de taxas, coimas, cortes, confisco criativo, preços de morrer no gás e na gasolina, e tu deixas. Tu gostas, português, de ser pisado e enganado... Admite, Tuga! Tu gostas de miragens e palhaços ricos, português palhaço pobre! Está bem. Fazemos uma troca: em troca de mais Sócrates, Berluscócrates, mais juros acima de sete por cento. Negócio fechado? Negócio fechado.
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«o povo quer albarda»