CENAS DE UM INAUDITO ACHINCALHAMENTO

Posso duvidar da qualidade estratégica de quem aconselha o actual Secretário-Geral socialista, mas não duvido da honestidade essencial de António José Seguro nem do seu patriotismo nem da sua recta intenção nem da sua sensibilidade social. O problema é simplesmente a pertença a / e a liderança de um partido nos antípodas dos valores e princípios que acabo de elencar. Mas devo-lhe este elogio e quaisquer futuros pela enésima leitura do rebaixamento achincalhador que lhe fazem os galfarros nojentos anónimos do desbocado e ocioso parisense. Nunca se viu tal coisa nem tão canina entre nós. Além disso, sei haver em AJS um olhar muitíssimo mais sério e inquestionavelmente bem intencionado sobre Portugal, bem distinto da vileza chico-esperta saqueadora, bem distinta da inteligência maligna, bem distinto da deriva desenfreada com que se lesaram os interesses nacionais. AJS jamais aceitaria acumular milhões de euros, alcandorar-se a uma vida de inexplicável riqueza, lorde improvável, mãos-largas nos restaurantes, após afundar o País por muitos e bons anos nas areias movediças de uma Dívida Pública Massiva. Não está no sangue de AJS avacalhar a cena política em proveito pessoal directo como esteve sempre no centro do sorriso amarelo e da acção retórico-política do Grande Feirante de Mixórdias. Bastaram as cenas tristes de compulsão insana, grande masturbação do Poder pelo Poder, com que José Sócrates e a horda de sequazes assessores avençados avacalharam Portugal. Excelente notícia é o agradável afastamento de tal sujidade inominável por parte de Zorrinho. O melhor de Zorrinho é, aliás, a higiene que hoje parece ostentar relativamente à colagem mais ou menos passada, mais ou menos recente ao Primadonna Playboy Parisiense. Só lhe fica bem e só assim se explica os ataques de que imediatamente é alvo pelas mais reles ratazanas lazarentas habituais. Ainda trazem o nome maldito "Sócrates" na boca, sem vergonha e sem freio, porque bem pagas por ele.

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