VIVE LA FARCE ET LE FARCEUR!

Como Berlusconi, em Itália, e Sócrates, em Portugal, cada qual no seu papel desastroso, Sarkozy tornou-se gradualmente odioso e desconfortável à crítica política interna e externa, apenas pela lógica que cultivou da sua inevitabilidade, coisa inoculada na opinião pública local, pela demasiada e perversa afeição ao Poder, pelo jogo sujo da batalha política e pela demarcação do Estado Francês, através de comparações oportunistas, de Espanha, Portugal, Itália, tudo para capitalizar dividendos eleitorais a par da tentativa de colagem a Merkel com o cuspo da lisonja. É como se a encalacrada republique française não tivesse senão que acomodar o neo-bonapartismo sarkozyano e dar-se por muito bem zelada e servida. Acontece que, ao contrário do tarado Berlusconi e do larápio Sócrates, Sarkozy é manifestamente mais competente e mais patriota. E, na verdade, não há mais ninguém que valha aos franceses e sinalize ao exterior o que urge sinalizar. Farsa por farsa, é preferível escolher uma apesar de tudo um tudo nada virtuosa.

Comments

floribundus said…
a França vai eleger mr segolène, o socialista das nacionalizações e obras públicas, como Miterrand e Jospin.
'siga o enterro'
Anonymous said…
O dia de hoje na comunicação social está a ser muito parecido com aquele em que António Guterres subiu ao poder: vamos fazer de conta que as eleições não são para escolher o menos mau. Simplesmente, vota-se na mudança. No nosso caso já sabemos o que a mudança foi para o desastre.

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