NOS BRAÇOS DA ALFORRECA PASSOS
Especialistas honestos acordam neste facto de límpida transparência: à grave crise internacional eclodida em 2008 somou-se a festiva dissolução imprudente, para não dizer amadora, dos recursos públicos perpetrada pelos Governos Socratesianos. Os dois factores conjugados tramaram Portugal. Álvaro Santos Pereira recorda, e bem, que a economia portuguesa começou a padecer de desequilíbrios graves sobretudo a partir do momento em que, sem o nomear, o Coração de Guterres veio distribuir o que não havia e habituar um Povo autónomo e capaz de se desenrascar às delícias da facilidade rendosa e do ócio fácil.
O objectivo de fundo era óbvio: um olho no apoio social e outro nos votos garantidos pelo caciquismo local. O vício ficou. Nada mais que o deslumbramento adveniente para dar aos amigos o que menos havia e foi basicamente por isso que a dívida galopou descontroladamente de 2005 a 2011. Os vícios obreiristas e o endividamento, marca de água socialista, sentenciaram-nos. Antes disso, Portugal não estava numa marcha decadente tão pronunciada quanto a que os socialistas, chegados ao poder, se encarregaram de cavar em poucos anos. E porquê? Porque quase tudo foi errado, moralmente errado. Teria sido importante que nenhum Governo Socialista pensasse antes de mais em sobreviver, arvorando-se no dinamizador da economia. Merdificar a economia foi quanto lograram. Os fundos europeus deveriam ter sido aplicados na dinamização da produção de bens transaccionáveis em vez de se perder de bolso em bolso. Nunca se deveria ter dado guarida ao desdém com que o socialismo olhou a agricultura: alguma teria sido sempre preferível a quase nenhuma. Nunca se deveria aceitar parcerias público-privadas segundo os moldes desnivelados que alguém com todo o Poder, nesses Governos, por alguma razão lucrativa para si nunca questionou. Dever-se-ia ter abdicado de um Estado investidor porque um Estado-PS investidor investiria, conforme investiu, sobretudo nas empresas que apoiassem e financiassem o PS e os políticos do PS devidamente amigados com tais empresas. Socratismo / Socialismo / Soarismo? Tudo isto correspondeu basicamente a endividamento excessivo, falta de tino, avidez e comissionismo infrene no seio da política: sem um quadro ético bem enraizado nos seus limites e interditos interiores [«Não roubarás!»], o jacobinismo socialista pensou sempre com a barriga e cagou para nós, o nosso presente e o nosso futuro. Chegámos aqui. Ficou do socratismo a imagem bem vincada e bem fria da mais completa incompetência e do mais asqueroso dolo. À pala de uma falsa modernização do País, retirou-se o tapete aos cidadãos, pois não há riqueza gerada que sustente tanto e tão atroz deslumbramento festivo, nem tantas opções extravagantes de todas as vezes. Com contas em dia, Portugal, o suposto atraso português no mundo ocidental [que é sobretudo sócio-económico e não infraestrutural] teria evitado a humilhação da 'Ajuda Externa'; teria escapado ao pagamento de juros proibitivos; não se submeteria à decorrente e vergonhosa perda de soberania. Das duas uma, agora que a batata quente está com a alforreca Passos travestida em faneca, ou este quer acabar de nos crucificar ou alguma coisa se fará finalmente pelos cidadãos que se veja: parar o esbulho, perseguir ladrões. Já vamos demasiado triturados e traídos pela agenda particular de negócios e favores com que demasiados políticos enriqueceram contra Portugal.
O objectivo de fundo era óbvio: um olho no apoio social e outro nos votos garantidos pelo caciquismo local. O vício ficou. Nada mais que o deslumbramento adveniente para dar aos amigos o que menos havia e foi basicamente por isso que a dívida galopou descontroladamente de 2005 a 2011. Os vícios obreiristas e o endividamento, marca de água socialista, sentenciaram-nos. Antes disso, Portugal não estava numa marcha decadente tão pronunciada quanto a que os socialistas, chegados ao poder, se encarregaram de cavar em poucos anos. E porquê? Porque quase tudo foi errado, moralmente errado. Teria sido importante que nenhum Governo Socialista pensasse antes de mais em sobreviver, arvorando-se no dinamizador da economia. Merdificar a economia foi quanto lograram. Os fundos europeus deveriam ter sido aplicados na dinamização da produção de bens transaccionáveis em vez de se perder de bolso em bolso. Nunca se deveria ter dado guarida ao desdém com que o socialismo olhou a agricultura: alguma teria sido sempre preferível a quase nenhuma. Nunca se deveria aceitar parcerias público-privadas segundo os moldes desnivelados que alguém com todo o Poder, nesses Governos, por alguma razão lucrativa para si nunca questionou. Dever-se-ia ter abdicado de um Estado investidor porque um Estado-PS investidor investiria, conforme investiu, sobretudo nas empresas que apoiassem e financiassem o PS e os políticos do PS devidamente amigados com tais empresas. Socratismo / Socialismo / Soarismo? Tudo isto correspondeu basicamente a endividamento excessivo, falta de tino, avidez e comissionismo infrene no seio da política: sem um quadro ético bem enraizado nos seus limites e interditos interiores [«Não roubarás!»], o jacobinismo socialista pensou sempre com a barriga e cagou para nós, o nosso presente e o nosso futuro. Chegámos aqui. Ficou do socratismo a imagem bem vincada e bem fria da mais completa incompetência e do mais asqueroso dolo. À pala de uma falsa modernização do País, retirou-se o tapete aos cidadãos, pois não há riqueza gerada que sustente tanto e tão atroz deslumbramento festivo, nem tantas opções extravagantes de todas as vezes. Com contas em dia, Portugal, o suposto atraso português no mundo ocidental [que é sobretudo sócio-económico e não infraestrutural] teria evitado a humilhação da 'Ajuda Externa'; teria escapado ao pagamento de juros proibitivos; não se submeteria à decorrente e vergonhosa perda de soberania. Das duas uma, agora que a batata quente está com a alforreca Passos travestida em faneca, ou este quer acabar de nos crucificar ou alguma coisa se fará finalmente pelos cidadãos que se veja: parar o esbulho, perseguir ladrões. Já vamos demasiado triturados e traídos pela agenda particular de negócios e favores com que demasiados políticos enriqueceram contra Portugal.
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