O GRANDE COITO VICIOSO QUE AMEAÇA ABRIL
As ameaças a Abril são muitas ou, melhor, o falecimento de Abril tem algozes variados. Internos e externos. Os assassinos externos são complexos e não podem ser ignorados, já que a forma de os Países emergentes competirem connosco passa pela aviltação mais completa do ser humano, o que, se nos derrota economicamente, ameaça-nos também outros velhos equilíbrios sociais e humanos, já para não falar na ameaça a certas certezas idealistas: não havendo tecido produtivo nem dinheiro, quase nenhuma economia, quase nenhuma renovação geracional, não há sistema social e outras almofadas que resistam. Perante isto, o nosso futuro a médio prazo é quase um filme de terror nacional que só não atinge Américo Amorim e as demais flores de estufa da impropriamente chamada elite nacional. Os assassinos internos do 25 de Abril, de uma Democracia plena, passam, desde logo, pelos impunes, pelos desonestos e a impunidade geral de que beneficiam. Políticos corruptos riem hoje de quem sofra. Eles só se cevaram e se mantêm graças ao Putrefacto Sistema Instalado que os protege bem como aos detentores de privilégios imorais acumulados, reformas imorais ou outro tipo de benesses do Regime. Não há 25 de Abril que resista à gente parasita da Política no Grande Coito Vicioso Económico-Político. Foram três décadas alheadas de haver um Povo a cujo serviço deveriam devotar-se: «Encerrado que está o ciclo do desenvolvimento básico, importaria percebermos que, muito para além das partidarizações paroquiais, as grandes ameaças ao regime saído do 25 de Abril são de natureza global. Verdadeiramente, são as mesmas que ameaçam a Europa nos seus níveis de qualidade de vida e de garantias sociais.» Manuel Tavares
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