PÁTRIA FLATULENTA E INCONTINENTE
Em países de cíclica emigração, como o nosso, basicamente por causa da mediocridade endémica da nossa flatulenta elite política, em poucos anos tornam-se-nos estrangeiros e muito depressa estranhos os filhos dos filhos de Portugal em terra alheia: ouvi-los cá, noutra língua, aparvalhando a parvalheira, diz tudo daquilo em que se transforma um português realizado fora daqui. Alheado. É assim e não poderá ser de outra maneira. Para tal espécie de bancarrota moral de uma Pátria incontinente porque a abandonam, derrota do sangue e do solo, para tal irremediável sangria, não há glória que baste. Ironia é que se vá ser político a valer onde valha a pena, se saiba e mereça sê-lo.
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