NÃO FOI PRECISO SER BRUXO

«[...] Os liberais, os ufanos defensores do jogo livre - Passos, Gaspar e Borges -, revelam-se afinal vorazes manipuladores: fecharam eles o negócio com a Camargo. Um bocadinho sonso, este bom aluno. [...] O destino está na verdade traçado há mais de dois anos. Quando a brasileira CSN lançou uma OPA, apareceram dois grupos brasileiros: a Camargo, que comprou a participação da Teixeira Duarte e lançou uma OPA encapotada através de uma fusão, o que a CMVM felizmente inviabilizou; e a Votorantim, que comprou à Lafarge e matou tudo com um acordo com a Caixa, de quem se tornou sócia. Nessa altura, aqui foi escrito o que tudo parecia: que a Camargo e a Votorantim tinham avançado sobre a Cimpor para impedir a CSN de se tornar concorrente no mercado brasileiro que ambas dividem; e que a Camargo e a Votorantim mais tarde concluiriam o processo desmantelando a Cimpor. Não foi preciso ser bruxo.» Pedro Santos Guerreiro

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