MASTURBÓDROMO

Recentemente, Carlos Zorrinho subiu na minha consideração política. Primeiro, porque se demarca claramente dos farrapos imorais que compõem a ala socratista intra e extra-Parlamento, embora mantenha a respectiva retórica e porque parece ter purificado o pensamento dos viciosos tiques conspirativos socratesianos, da tralha socrática de que já foi parte demasiado leal para meu gosto. Segundo, porque está ao lado do TóZé, na sua missão espinhosa, torpedeado por todos. Terceiro, porque quanto diz e proclama sobre a acção do Governo Passos, de tão óbvio e tão devedor ao bom senso, merece concordância quase total. Mas não chega. É uma pena que o PS, ainda há pouco todo aclamativo de um tipo de absolutismo intimamente pervertido e que consagrou, no Congresso de Espinho, a sua pior Nódoa histórica, uma Nódoa Indelével, não possua por isso mesmo qualquer espécie de moral para falar de compaixão e sensibilidade sociais a partir do Governo. Lá está o mesmíssimo PS devorista em jornadas parlamentares, mesmíssimo PS do Gordo Vitalino, mesmíssimo PS do Gordo Basílio, mesmíssimo PS do Bojudo Lello e de outros grandes anafados da política. O que pensar, vendo-os agora cagando e perorando com a gorda lágrima social comiserativa ao canto do olho?! Somos nós descendo ao desemprego, sob Esmagamento Fiscal e num Desânimo Mortífero, e eles no Habitual Masturbódromo.

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