PASSOS, PROENÇA E O PARISIENSE
Após anos de rotineiro apagamento e irrelevância, João Proença regressa ao cerne do que possa ser determinante para superar esta Crise enquanto parte digna e construtiva, papel à sua maneira assumido igualmente pelo Fóssil Arménio, que na verdade não tem sido tão fóssil quanto ameaçara inicialmente, ao apresentar agora propostas de bom senso no combate à evasão fiscal e captação de novas receitas fiscais sobre o capital. Contrariando um compromisso de lealdade e negocialidade como princípio irredutível no trabalho social, Passos, com a opacidade da TSU, assemelhou-se ao pior do péssimo Sócrates. João Proença diz o que todos sabem acerca de Diálogo, Lealdade, Fiabilidade, que é tudo o Sócrates não tinha. Passos, pressionado para agir a contento da tranche condicionada pela Troyka, anunciou a Nova TSU sem consultas prévias, sem um acerto de agulhas prévio com os parceiros sociais. Erro de palmatória. Nisso se assemelhou à fuga ao diálogo social de José Sócrates, para quem tudo servia perfeitamente enquanto simulacro de negociação, meios e propaganda para outros inconfessáveis fins. Com Sócrates, tínhamos, pois, um simulacro de diálogo social e mesmo as medidas de carácter laboral e social que foram discutidas e negociadas, foram-no sem verdadeira abertura e construção em comum, pois obedeciam a um princípio que transcendia o diálogo e estava ditado à partida. Paradoxalmente, quando Sócrates «teve pela frente uma grande crise económica» degradou ainda mais o nível de dívida artificializando apoios, investimentos e financiamento que nada e ninguém escrutinou no seu efeito reprodutivo, transformando o Governo-PS numa das maiores torradeiras de dinheiro da Europa, com ajustes directos e mais PPP e a Parque Chular, tudo a bombar luxos, dinheiro à fartazana, festa final sem olhar a gastos. João Proença sabe que foi precisamente por causa dos simulacros e negaças de diálogo e negociação que se gerou um movimento anti-Governo Sócrates na Assembleia da República e na Concertação: não se dialoga com quem espreita, calcula e conspira para desacreditar toda a Oposição, todas as Oposições, ignorando a Sociedade Civil, apenas para seguir a sós e escondido no trabalho devorista e amiguista de sempre. Em tempos de grande crise económica, o Governo Minoritário de José Sócrates fechou-se, simulou negociar coligações, mas quis ser sempre minoritário para, com os mesmos vícios, a mesma opacidade, a mesma gula irresponsável por negócios ruinosos, a mesma politização crassa das finanças públicas, passar diante do eleitorado e da Opinião Pública por falsa vítima, falso coitadinho e injusto acossado dos demais. O tiro saiu-lhe pela culatra. João Proença conhece por dentro a podridão moral do actor político Sócrates, cujos frutos amargos estão à vista e no paladar de todos. Não estaríamos aqui sem a gula pelo Poder a todo o transe de José Sócrates.
Comments
ou não comemos
o arménio brejnev, em vez de óculos devia usar uma pala de zarolho