SONDAGENS, DESILUSÃO, OPACIDADE

Recordo-me das sondagens em tempos socratistas como um fenómeno de condicionamento crasso, elas mentiam e eram tão avaladoramente frequentes que em breve valiam Zero, num ruído contraproducente em relação a esse PS Abominável que comparecia sempre na frente, apesar da rejeição e do nojo suscitados na rua. Hoje passa-se o mesmo quanto ao valor falso e volúvel de uma sondagem sobre partidos. Nesta, o PSD afunda-se na medida em que se distancia do cerne das suas promessas, especialmente a revisão das PPP e das despesas amiguistas que colonizam, ano após ano, os Orçamentos. Mas por exemplo a revelação das cláusulas e anexos secretos das PPP poderia remeter o PS para uma vergonhosa minoria, uma vez que, dizem os especialistas, ruína mais ruinosa não há: tê-las negociado tal como foram negociados é mais que um crime, é um Atentado ao Futuro em Portugal. A TSU foi uma facada grave no grande pacto entre eleitos e eleitores, embora a preconizem não pequeno número de economistas, mas é preciso entender que até à chegada de Passos Coelho ao leme desta Nau em Frangalhos, o Estado Português vivia de crédito, acumulando um défice real de 10%, entrava ano, saía ano. Sócrates geriu isto enquanto pôde, mas sabia perfeitamente que para tirar partido eleitoral e máximo proveito pessoal do Poder era importante governar do lado da demagogia, da retórica charlatã convicta, da chantagem sobre a opinião  publicada e da opacidade das contas públicas. Foi o que meticulosamente urdiu e cumpriu. Agora, faça o que fizer, erre ou acerte, o Governo Passos-Portas está sob suspeita e sob fogo, sobretudo se procurar cobrir com impotência e incúria as malfeitorias dos Governos Sócrates. Estar, porém, sob o fogo dos animais da dívida, dos especialistas em comunicação e marketing político de mentir, ou seja, estar sob o fogo dos socratistas, isso merece uma barragem contrária de fogo impiedosa, porque é preciso ter vergonha para ousar capitalizar para si o descontentamento e a queda dura na realidade que lavra pelo País. As mais severas medidas de austeridade e os maiores sacrifícios têm de ter servido para alguma coisa, caso contrário não surgiriam sinais de encorajamento provenientes dos parceiros do Euro. De resto, as massas de vulneráveis e esbulhados não estão exclusivamente desiludidas com o PSD. Olham para o PS e só vêem culpa e descrédito. Culpa pelas governações falsárias e criminosas mais recentes. Descrédito porque até Seguro se acovarda e, perante multidões ultrajadas e ululantes, foge de assumir o quinhão de responsabilidade negocial dura junto do Governo-Troyka. A opacidade conivente com os Negócios Ruinosos do Socratismo que tomou conta do Governo Passos irmana-o à opacidade rapace dos Governos Sócrates. E assim sucessivamente. Uma lástima.

Comments

Grego said…
Lamento, amigo. Lamento os teus sucessivos exercícios de auto de fé, contra um só partido, e que a tua inquisitoria contenda deixe, resguardada da fogueira, as "putas" do capitalismo selvagem.
Lamento...
Ze Muacho said…
Amigo,

Leio-o com regularidade e parece-me que, desculpe, é de compreensão lenta, mas que finalmenta, está a chegar lá.

PSD, PS, CDS, BE são todos iguais; servem para produzir "sócrates","passos coelhos", "seguros" e outros que estão na calha.

Todos eles são clones mas quem interessa, quem tem o poder, é quem tem na mão os cordéis que os comandam; e esses são e sempre foram os mesmos.

Estranhará não ter mencionado o PC, mas acontece que eles perderam o dono e os cordéis deles arrastam-se pelo chão.

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