NÃO POEMA
Lírios e peixes
paralelamente dispostos,
misturadas fragrâncias,
o frescume e a frescura,
juntos,
homenagem de zero
ao tempo dos cornos
que se aguçam,
das cornadas que se dão
não apenas nessas estradas,
não apenas nessas guerras,
não apenas nessas igrejas, onde Cristo é 'grupos',
nessas secções partidárias,
nessas escolas,
nesses parlamentos,
mas nessas bêbedas viagens
que agora fazes
a ver se gastas,
desgastas,
engastas a pedra fina do tempo
no anel relojoeiro do nada,
idoso e neutro,
fiel e longo,
como a mangueira de um jumento.
paralelamente dispostos,
misturadas fragrâncias,
o frescume e a frescura,
juntos,
homenagem de zero
ao tempo dos cornos
que se aguçam,
das cornadas que se dão
não apenas nessas estradas,
não apenas nessas guerras,
não apenas nessas igrejas, onde Cristo é 'grupos',
nessas secções partidárias,
nessas escolas,
nesses parlamentos,
mas nessas bêbedas viagens
que agora fazes
a ver se gastas,
desgastas,
engastas a pedra fina do tempo
no anel relojoeiro do nada,
idoso e neutro,
fiel e longo,
como a mangueira de um jumento.
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