REVISTA ATLÂNTICO
«É o testemunho cruel de um homem exasperado pela imperfeição de tudo, pela fraqueza e irresponsabilidade daqueles que o acompanhavam. (...) Tratou (...) propostas de regresso como impulsos de cobardia e deserção, mesmo quando isso poderia ter reatado contactos e comunicações cuja falta foi fatal. [Ele] controlava tudo, centralizava tudo, mandava em tudo e não confiava em ninguém. Todos se sentiam inibidos na sua presença, incapazes de tomar iniciativas sem a sua aprovação. Em geral, só mostrava apreço pelos mortos, porque só a morte provava nos outros devoção revolucionária. (...) Encheu-se de nojo pelos seus companheiros quando compreendeu que todos queriam "salvar-se" e ninguém queria morrer pela revolução.»
lj
Sempre pensei que a diferença entre Che e outros sanguinários enlouquecidos
não sei por que idealismo com morte e matar dentro,
foi a fotogenia: entre o lixo da história e perpetuação de uma imagem sobre-idealizada
está, nada mais nada menos, que uma boa fotografia. E uma T-shirt anti ou pró-revolucion.
Nada, portanto, que valha a pena!
Comments
Por momentos pensei que falavas do Socrates... afinal não.
mike:)
Portanto tratava-se de uma questão estética.
Não ligues ao que eu escrevi. São histórias romanescas desprovidas de cientificidade. Porém para quem ama a liberdade, Che será sempre uma referência (deixei-te umas palavritas no meu blogue).
Assim dizia não Zaratustra, mas Che num ânimo diálogo.
E depois, ó Fellini, que carago é que te deu para me quereres estragar o "kitsch" electro-pop-snob de sair à rua com a camiseta revolucionária? Hein?
www.chupa-mas.blogspot.com