REVISTA ATLÂNTICO


«É o testemunho cruel de um homem exasperado pela imperfeição de tudo, pela fraqueza e irresponsabilidade daqueles que o acompanhavam. (...) Tratou (...) propostas de regresso como impulsos de cobardia e deserção, mesmo quando isso poderia ter reatado contactos e comunicações cuja falta foi fatal. [Ele] controlava tudo, centralizava tudo, mandava em tudo e não confiava em ninguém. Todos se sentiam inibidos na sua presença, incapazes de tomar iniciativas sem a sua aprovação. Em geral, só mostrava apreço pelos mortos, porque só a morte provava nos outros devoção revolucionária. (...) Encheu-se de nojo pelos seus companheiros quando compreendeu que todos queriam "salvar-se" e ninguém queria morrer pela revolução.»
lj
Sempre pensei que a diferença entre Che e outros sanguinários enlouquecidos
não sei por que idealismo com morte e matar dentro,
foi a fotogenia: entre o lixo da história e perpetuação de uma imagem sobre-idealizada
está, nada mais nada menos, que uma boa fotografia. E uma T-shirt anti ou pró-revolucion.
Nada, portanto, que valha a pena!

Comments

antonio ganhão said…
[Ele] controlava tudo, centralizava tudo, mandava em tudo e não confiava em ninguém.

Por momentos pensei que falavas do Socrates... afinal não.
Made 2 Move said…
thanks for visiting my blog, u've an interesting blog but unfortunately it's not in english

mike:)
Daniel J Santos said…
É lá essa foi forte, o amigo vai ter pessoal à perna.
Portanto tratava-se de uma questão estética.
Ernesto Guevara é uma figura fascinante, uma espécie de ídolo romântico que desafiava tudo e todos com a sua irreverência. Andava de terra em terra numa velha motorizada, La Poderosa, e tirou o curso de medicina para poder pagar em favores da profissão as suas hospedagens. Não gostava de tomar banho nem sabia dançar.Era simultaneamente poupado e generoso com o dinheiro, pouco, que lhe caía nas mãos. Conta-se que ele chegou a ministro da economia de Fidel Castro porque numa reunião para formar governo, em que Che estava presente, quando Fidel perguntou se entre os presentes havia algum economista ele não percebeu a pergunta e pensou que Fidel tinha perguntado se havia algum comunista. E assim respondeu que havia ele. Mas Che não se deixava formatar pelas terras de Fidel e pelas vicissitudes que os regimes fechados acabam por demonstrar. Dizem que Fidel criou condições para que ele fosse assassinado porque antes preferia ter um herói morto que um rival vivo.
Não ligues ao que eu escrevi. São histórias romanescas desprovidas de cientificidade. Porém para quem ama a liberdade, Che será sempre uma referência (deixei-te umas palavritas no meu blogue).
quintarantino said…
Raios te partam, pá... camarada renegado que abandonas assim os ideais da revolução... o povo assim o exige, a razão emprenhada faz dessas condutas um imperativo moral... bebe mas é um copito de vodka... pega lá um charuto... tu vê bem, então o que é preferível? hein? ó meu cabeça de atum... matar uns quantos bardamerdas reaccionários para preservar a vanguarda revolucionária que é que custa? hein? olha-me aquele cabrão a mexer... dá-me aí a pistola... (silêncio) pronto, problema resolvido... olha lá, vamos às gajas? Um revolucionário também tem as suas precisões... anda daí...

Assim dizia não Zaratustra, mas Che num ânimo diálogo.
E depois, ó Fellini, que carago é que te deu para me quereres estragar o "kitsch" electro-pop-snob de sair à rua com a camiseta revolucionária? Hein?
sanguinário enloukecido n sejas otário, n sejas mais outro desiludido sem valores a n ser que o faças a brincar, quem nao gostaria de enforcar o seu nazi? sou uma lagartixa medrosa...

www.chupa-mas.blogspot.com
Anonymous said…
I will not acquiesce in on it. I think polite post. Expressly the title attracted me to be familiar with the intact story.
Anonymous said…
Good post and this enter helped me alot in my college assignement. Thanks you as your information.

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