PORQUE A INFECÇÃO ESTÁ VIVA

«Há exactamente um ano, ficámos a conhecer o Luís. O Luís era quem tratava da imagem do nosso primeiro-ministro de então. Soubemos da sua existência num momento de inquietação: esperávamos o anúncio, nos telejornais, de que Portugal pedira ajuda externa. Mas a inquietação de Sócrates era outra: era saber como ficava melhor na televisão. Era para isso que o Luís lá estava. O episódio vale o que vale e já o teríamos esquecido se fosse possível esquecer o seu protagonista. Mas todos os dias verificamos que não é. Uns dias é porque conhecemos novos detalhes do que se esconde em alguns dos processos judiciais que o perseguiram e de que se foi escapando, outro dia é por desconhecermos de onde lhe vieram os rendimentos que permitem pagar o que lhe custa a vida que leva em Paris, agora mesmo foi por o seu fantasma ter reaparecido com todo o esplendor por entre as brumas onde se desorienta “o seu PS”. Quem o trouxe para o palco foi Francisco Assis, que há uma semana proclamou que o “PS revela algumas dificuldades em lidar com a sua memória política recente”. Pudera… Para Assis, imagino, o parágrafo anterior é “infame”, pois não se submete nem ao ditame de que não se pode discutir o carácter de um político (mesmo quando esse carácter corrompeu visivelmente a forma como esse político actuou), nem à ideia de que qualquer processo judicial que envolva Sócrates corresponde inevitavelmente a uma “judicialização da política”. Pelo contrário: assume que o regresso do tema Sócrates ao debate político não é apenas o regresso de um fantasma, antes o regresso do mesmo tipo de males que corroeram o PS e infectaram todo o debate público durante seis penosos anos.» José Manuel Fernandes

Comments

Anonymous said…
Entretanto o principal responsável pela derrocada de Portugal continua, sossegadamente, a dazer contas à vida no Palácio de Belém, é que isto está mau para todos.
floribundus said…
o socialismo é um cancro sem cura
Anonymous said…
Até neste blogue aparece o fedor sucialista do primeiro comentário.
Estes avençados eram aos milhares.
Lucas Galuxo said…
Já passamos ao fandango e o José Manuel Fernandes ainda está a dançar o corridinho.

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