BIOMBO RIDENTE


De acordo com o Público, o professor, dr. Fernando António Esteves Charrua,
ex-deputado pelo PSD, na mensagem de despedida aos colegas, terá escrito:

"Se a moda pega, instigada que está a delação,
poderemos ter, a breve trecho, uns milhares de docentes presos políticos
e outros tantos de boca calada e de consciência aprisionada,
a tentar ensinar aos nossos alunos os valores da democracia, da tolerância, do pluralismo,
dos direitos, liberdade e garantias e de outras coisas que, de tão remotas,
já nem sabemos o real significado, perante a prática que nos rodeia."
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INFALIBILIDADE SOCRÁTICA
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"Sócrates, com imensa bondade, assegurou à Pátria a liberdade de expressão
e o prof. Cavaco, do lugar etéreo onde subiu,
espera que o "mal-entendido" (repito: o "mal-entendido") se esclareça.
Não chega.
Ninguém se lembraria, como ninguém de facto se lembrou,
de acusar (ou de punir) alguém por uma graçola
ou um "insulto" a outro primeiro-ministro.
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O crescente autoritarismo do poder
e o extravagante culto da pessoa de Sócrates,
que o Governo promove e alimenta, é que pouco a pouco criaram o clima em que se vive
e que inspirou o "caso Charrua".
Escrevi aqui há meses que bastava ouvir o dr. Augusto Santos Silva
(com quem, aliás, Margarida Moreira colaborou) para temer o pior.
A história da prepotência e do arbítrio não começou na DREN,
não vai acabar na DREN e com certeza que não se limita à DREN."
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Vasco Pulido Valente, in Público
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CONTROLEIROS DE GRANDE CALADO
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"Infelizmente, a impunidade que se instalou no Governo
e na sua maioria conta com a inexistência de um Presidente da República
que, com os olhos postos na reeleição
e em nome de uma nebulosa "cooperação estratégica",
se demitiu das suas funções e se transformou num mero ornamento do regime,
que se distingue pela vacuidade dos seus discursos
e pela natureza táctica das suas intervenções.
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O desaparecimento do PS, a fragilidade da oposição,
a ausência de fiscalização parlamentar,
a indiferença do Presidente da República e a complacência
de todos os que dependem do Governo
transformaram a vida política num circo de abusos
e de arbitrariedades que a propaganda disfarça
e o consenso que invariavelmente se gera à volta do poder
tem o condão de abafar.
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Só assim se compreende a falta de pudor de uma governadora civil que,
depois de ser desautorizada pelo Tribunal Constitucional, decide zarpar,
de "consciência tranquila", para a candidatura do dr. António Costa.
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Ou o convite para integrar o Governo feito pelo primeiro-ministro
a um juiz do Tribunal Constitucional
que a Assembleia da República tinha eleito há dois meses para um mandato de nove anos.
Ou a vontade expressa do ministro dos Assuntos Parlamentares
de acabar com aquilo a que ele chama "jornalismo de sarjeta".
Ou o estatuto dos jornalistas que está, neste momento, em preparação.
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Ou a junção das polícias sob a tutela do mesmo ministro.
Ou a colocação dos serviços de informação
na dependência directa do primeiro-ministro.
Ou as reconhecidas pressões do Governo
junto da comunicação social.
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A lista está longe de ser exaustiva.
Mas mostra claramente os excessos a que chega o Governo na sua ânsia de controlar.
Como mostra também a fragilidade de uma opinião pública
que confunde o acessório com o essencial e privilegia o acesso ao poder
em vez da liberdade individual.
Como já foi assinalado por Pacheco Pereira e por Rui Ramos,
a lista do dr. António Costa para Lisboa,
com as atracções especiais,
é um bom espelho desta triste realidade."
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Constança Cunha e Sá, no Público.

Comments

Anonymous said…
Caro Joshua

Obrigado pelo seu comentario no meu blogue.

O seu blogue é muito interessante.

Irei visitá-lo regularmente.

Chalon (não sei se é assim que se escreve).

José Maria Martins
Unknown said…
Quando é que essa sr.ª directora da DREN é demitida por quem a tutela ?
Aqui temos mais um exemplo da utilidade dos boys e girls nomeados para organismos públicos.
Quando necessária a sua vassalagem é exercida mesmo contra direitos, liberdades e garantias constitucionalmente expressas...
Outro exemplo:
A marcação de eleições autárquicas pela Governadora Civil de Lisboa para a capital do país de acordo com a agenda mais conveniente do partido do governo.
Neste caso o Tribunal Constitucional, actuou e bem.
E nos outros casos ?
Aqui têm dois claros exemplos de como funciona a lógica dos boys e girls nomeados pela nomenclatura política. O modus operandis é quase sempre o mesmo...
Mas não nos iludamos pois o fenómeno é politicamente transversal e não exclusivo do PS, também o PSD terá "culpas no cartório".
No entanto o 1º será muito mais eficiente na "gestão" dos seus boys and girls, do que o 2º...
Nima said…
hey,
how's it going?
thanks for your comment,
your weblog seems to be very nice, pix and music, I love Enya soo much,
unfortunately my Portuguese is so weak and couldn't understand your posts.
best Wishes.
Ponciano said…
Muito legal seu Blog, parabéns...
terá sempre minhas visitas ...
até a próxima

ESCARAVELHO.
I wish I could read you blog but I do not read or comprehend the language, is there an English version?
Anonymous said…
Acho bem que defenda o seu amigo, colega de trabalho, companheiro de partido certamente... mas seja honesto: publique o que efectivamente disse o prof. Charrua, segundo a versão oficial. É só uma das duas versões, mas também existe! Assumida e assinada perante a justiça!
Publique também o comunicado da directora da DREN, também ele oficial, assumido e assinado.
Só falar na versão do acusado, que estrebucha tentando safar-se do sarilho em que se meteu por pressão politico-mediática (que o PSD cavalga, de qualquer modo ele vai a todas...), é atitude caritativa, mas de uma parcialidade evidente.
Sarah Fox said…
Hi Joshua,
Thanks for visiting my blog. Your blog seems interesting and well taken care of, I can't read Portuguese, so I'm not sure what everything means. Thanks again for the visit, and best of luck!
Sarah Fox said…
Hey Joshua,
Thanks for visiting my blog! Your blog looks very interesting, I wish I could understand what your writing but alas, I speak no Portuguese.
Thanks again, and best of luck!
Sarah
joshua said…
Caro deputado sem bancada (mas com paixão PS),

Li no blogue do Francisco José Viegas, A Origem das Espécies, o comunicado DRENico da Dra. Margarida Moreira e ele não me tranquilizou em absolutamente nada. Pelo contrário, agora as tentativas legalistas multiplicar-se-ão, soterrando uma questão de fundo que os PS's apaixonados não querem ver: estamos num tempo que os enunciados excessivos das pessoas, dos colegas entre si, NÃO PODEM SER MATÉRIA DE DELAÇÃO, NÃO PODEM MOTIVAR PROCEDIMENTOS DISCIPLINARES PELA SIMPLES RAZÃO DE NADA O JUSTIFICAR. A sociedade é livre e democrática por isso: não delitos de palavra e as injúrias para serem injúrias têm de ter um contexto de provabilidade plena, coisa altamente discutível no caso Charrua como em qualquer outro caso. Isto é um precedente mortal que nem lembrava ao Diabo!

A pintura que encima o meu post chama-se a Dança da Morte: é como classifico esses arroubos disciplinaristas da Sra. Dona Margarida Moreira, a Super-Girl deste super-PS indiscutível, (temos um problema de indiscutibilidade do Governo PS)numa Super-Maioria sobranceira e acima de qualquer suspeita! Ou muito para além...

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