COITO COM ELAS
Pinus, meu amigo, para já sou todo olhos-lentes (que lêem!)
para o que escrevas. Gostava que te apaixonasses pela Escrita,
por um discorrer livre e solto, sem temores,
sem o cutelo castrante do politicamente correcto
e do socialmente adequado.
lkj
Ser certinhos guilhotina-nos o ser espontâneos,
isto de sermos nós-mesmos, na plenitude, em todo o lado.
A minha arma, a Imaginação, o Sal da Palavra Sonante e Ousada,
as Especiarias da Fuga-à-Chatice, algum desbragamento, mas sem deboche,
guiam-me e dão-me todo o prazer que desejo.
lkj
Se me lêem, se me entendem, não sei.
O Gozo é meu. O Orgasmo é meu.
Acontece-me intenso quando o quero e como o quero.
Ali está o sapatinho vermelho, metáfora do que se tira e do que se põe:
todo um altear de ancas, todo um realçar de nádegas,
boas coisas ante as quais
se antecipa doido o Paladar à Palavra.
lkk
A Liberdade caminha ao sabor do meu teclar insaciável.
E é preciso não dar descanso a este Coito com Elas, as Palavras, meu amigo!
É o Prazer Realizador que o Exige. É o Amor da Partilha também.
Comments
Aquele pequeno encanto é o teu rebento? Que bom conhecer-te e desejo-te toda a sorte do mundo.
Relativamente a este teu post sugere-me uma frase que costumo dizer: as pessoas demasiado ajuizadas tornam o mundo uma chatice. Uma certa dose de loucura traz a inspiração, a vida e a plenitude. Por vezes vivemos períodos menos bons porque temos que pagar o preço de termos vivido outros de punho aberto mas, no fundo, o que é importante é não ser mediocre, aceitar os desafios e acreditar que os túneis serão ultrapassados mesmo que, por vezes, sejam mais compridos do que nós esperávamos.
Hoje à meia noite publico o teu texto no silêncio. Tem sido um debate concorrido e com qualidade e estou a pensar em não deixar morrer os contributos recebidos. Tenho algumas ideias de que vos falarei posteriormente.
Um beijinho para ti e para esse lindão. Eu tenho um de 21 meses mas é meu neto, filho do meu filho.