ANÚNCIOS DE GARGANTA
É difícil olhar para Manuela Ferreira Leite e esquecer um baronato medíocre, desaparecido em combate, posto sossegado a mamar, sem reacção e por causa do qual segue primitiva e básica a deriva chavista perigosamente em decurso no País que se submete a Sócrates e que ele usa como escabelo. A nada brilhante presidente do PSD, mas certamente com um módico de seriedade e de determinação no sentido da tenaz e nada pomposa desmontagem da lógica tóxica dos fingimentos em todas as coisas que percorrem o Partido Acrítico de ASS e Manuel Alegre, defendeu hoje que «"o Governo não está a agir" e que "não se vê absolutamente nenhum efeito" das medidas anunciadas para melhorar a situação "grave" do país. Pois. issoEm declarações aos jornalistas, depois de ter recebido a UGT e a CGTP na sede do PSD, Manuela Ferreira Leite disse que quis ouvir as centrais sindicais "no sentido de fazer uma análise profunda sobre a situação grave em que o país se encontra"."Estamos a ver muito pouca acção por parte do Governo. Há muitos anúncios mas não está a haver acção. O Governo não está a agir", defendeu, argumentando que se o executivo estivesse a agir haveria efeitos visíveis e "ainda não se vê absolutamente nenhum efeito".» O papel de MFL converge com toda a oposição e com as forças vivas e atentas da sociedade. Claro que a tibieza é geral. Ainda há duas horas fui abordado num inquérito telefónico sobre a percepção da política e corri a zeros toda a gangada, exceptuando os que nos têm dado esperança e não têm mentido descaradamente aos cidadãos. O problema é que o jogo do PSD não é demarcar-se dos grupos que têm sido favorecidos economicamente, medrado com a economia a seu favor, mesmo sem qualquer retorno ou contrapartida social sem o que o lucro permanece endeusado e os caprichos do capital regressarão ao caminho perdulário e esbanjador que nos trouxe ao Caos e Colapso presentes. Ciente que aos anúncios governamentais não sucedem consequências práticas e que entre o fumo coreográfico de ter anunciado e mostrado um dinamismo de garganta nada sucede, a presidente do PSD manifestou apoio à "intervenção na área escolar, na área dos hospitais, na reabilitação urbana, na reabilitação do património", que na sua opinião dinamiza as pequenas e médias empresas e favorece a criação de emprego. "São medidas muito úteis, já as tenho visto anunciadas mas ainda não vi nenhuma concretizada". Nós também não. Como diz o secretário de estado Castro Guerra: «Faça-me chegar ao gabinete o seu caso pessoal e logo se resolverá». E assim vai a política: quer intimidade. Faz-se caso a caso. É casuística e só para amigos. Governar? Só por anúncios, por palavras e omissões.
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Estes são políticos do faz-de-conta nós somos o Povo que paga a factura!