PODER DESPEDIR É UM BOM NEGÓCIO


Já todos compreenderam que toda esta legislatura é um balão de hélio. Nada. É triste dizê-lo, constatá-lo, mas é a verdade. Cada vez mais medievalizado: políticos, bajuladores e povo. É, como perguntou alguém a outra pessoa, obsceno e chocante para as pessoas que o Governo nunca tenha feito mais nada que grandes eventos de propaganda a propósito de tudo e de nada, obsceno e chocante que os dinheiros públicos andem a ser delapidados em festas de propaganda e que se sinta que se não for isso não há nada. Uma legislatura que vive à custa dos anúncios e que, para além deles, não faz mais nada, as gentes não sentem acção a sério, os empresários não sentem nada a sério. O anúncio, esse existe. É somente nisso que o Governo investe muitíssimo por ser exclusivamente isso, o anúncio, a sua acção. Uma acção de anúncios: «O primeiro-ministro José Sócrates foi hoje recebido com vaias e apitos por trabalhadores dos sindicatos afectos à CGTP-IN, quando entrava para uma reunião com os parceiros sociais no Governo Civil para analisar a situação no distrito de Aveiro. À chegada, José Sócrates tinha à espera, não apenas os parceiros sociais com quem pretendia reunir, mas também uma concentração de trabalhadores dos sectores do distrito mais afectados pela situação económica e social, mobilizada pela União de Sindicatos de Aveiro, afecta à CGTP-IN. Aquela estrutura sindical divulgou no dia 05 um relatório em que estimava que 33 por cento da população activa esteja desempregada e ou com trabalho precário, acusando alguns empresários de estarem a fazer negócio com a crise e denunciando haver "casos de polícia" na falência de empresas.» Como o governo não tem moral nem exerce vigilância, todoo empresariado que à boleia da crise despede fraudulenta e oportunisticamente, pode contar com toda a complacência, afinal, foi na maior frieza, indiferença, falta de sentido social e de estado, que esta legislatura fez o caminho que fez até aqui. Cavou miséria. Semeou retrocesso. Enalteceu a lógica pato-bravio, falsarizou e falsificou a realidade com alienação e fantasia. É Carnaval, estamos no aniversário da legislatura, espírito de feira, de Carnaval pelo ano afora. Quatro anos disto. Não podia ter sido mais desastroso e nem sequer podemos estranhá-lo. Pelos Freeport-frutos os conhecereis.

Comments

Anonymous said…
O meu problema é se os temos de aturar mais quatro anos.

Aguardo pela tão desejada alternativa.

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