A INCOMPETÊNCIA ATINGIU-NOS SEVERA


Tinha de ser! Na sua velha Covilhã dos belos tempos de mau-gosto-'projectista' e das fantásticas assinaturas' de autoria e autoridade, o PM naturalmente não admite nada que não se esperasse. Porque é um Príncipe Absoluto do Poder PS, ele mesmo Absoluto, não tem de o fazer. Não admite que o mascaramento dos números ao longo de meses, que o cuidado extremo na gestão da informação pelo Ministério das Finaças tinha de redundar neste impacto grosseiro: o segundo pior país na zona euro em matéria de recuo-recessão económica, quando fomos sucessivamente conduzidos e afagados pela Indústria de Imagem e de Informação do Governo a pensar que a coisa seria mansa e gradual por cá. Agora, a Crise Financeira Internacional, que é sobretudo conjuntural, atinge com força a economia portuguesa, há muito em Crise Estrutural, mas o Orçamento aprovado obstinadamente em Dezembro fez orelhas moucas à realidade mais premente, ignorou um feixe inteligente de propostas pelas oposições, propostas ultraurgentes para atalhar ao contexto gravoso que todos, menos o Governo-de-Alice, surpreendiam no dia a dia. Palhaço rico, sempre com desculpas e saídas airosas e obstinações jumentícias de oiro, ousa agora o PM falar a este respeito, na Covilhã, depois de ter votado na secção local para as directas do PS: "Portugal está a sofrer o impacto da crise financeira internacional, que nos atingiu severamente no quarto trimestre de 2008, como atingiu toda a Europa". Os dados divulgados sexta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). Segundo dados do INE, a economia portuguesa recuou dois por cento no quarto trimestre de 2008, face aos três meses anteriores, completando dois trimestres de quedas e terminando o ano em recessão técnica. «Para Sócrates, o momento "exige que os governos respondam com acção". O ministro do Trabalho e da Solidariedade Social, Vieira da Silva, defendeu sexta-feira que as medidas que o governo tem em curso em defesa do emprego têm de ser usadas com "mais intensidade". Questionado sobre se vai rever as medidas, Sócrates disse que "não"». Portanto, ficamos a esclarecidos sobre como funciona esta língua de pau: os desempregados e os pobres podem esperar. O discurso de acção e intervenção equivale a passividade e desinteresse práticos, com a aparente excepção unanimemente reconhecida de Vieira da Silva, o qual aparentemente forceja por desempenhar com humanidade e solidariedade a função que lhe foi confiada. Para o PM-chavista e berlusconizador do Regime, porém, os desempregados, os que se vêem criminosamente excluídos dos subsídios de desemprego ou com cortes criminosos e atentatórios, aliás muito mal explicados, nas suas parcas prestações de desemprego podem esperar. A Crise Nacional cavada e evidenciada pela Crise Internacional poderia ter o condão de Despertar para a Luz Cívica esse Aselhismo Alheado de muitos pseudo-cidadãos portugueses. É vê-los ainda primários, arrotando a chouriço e futebol. É vê-los atados e servis a Chefes Desonestos. Ainda há pouco arrancados das necessidades básicas da vida glaciária nas grutas de há quinze mil anos. Ainda dormindo o sono de não ser nada com eles.

Comments

Daniel Santos said…
Sabes onde estou agora?

Estou no coração do mito Sócrates.
Marcos Santos said…
Olá Josh.

Não sei onde termina a especulação e onde começa a crise. Aqui o governo, atendendo aos apelos das montadoras, baixou o IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) e o IOF (Imp. sobre Operações Financeiras).
O fato é que nos reclames televisivos, dá-se a impressão que a redução foi transferida ao consumidor, quando na verdade os carros ofertados com esses preços baixos, referem-se veículos com nenhum acessório de conforto. Ou seja, carros pelados.
Se observarmos os preços desses "peladões" no período anterior à "crise", notaremos que, na verdade, sofreram aumento no preço.
Tem muita gente ganhando com esse corre-corre e não sou eu, nem você.

O governo Americano está implantando a cópia de um plano brasileiro chamado Proer. Onde o Banco HSBC recebeu dinheiro do BNDES para assumir o Bamerindus. O resumo da ópera foi que os caras não arriscaram nada, ficaram com o dinheiro do contribuinte e de quebra deixaram os títulos podres para o governo.

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