REGIME EM SÍNDROME DE TRÓIA
É grave, mas sintomático e nada de estranhar, que tenha falhado a barreira de um potente anti-vírus, à prova de trojans e de outras pestes invasivas no portátil de um dos titulares do caso Freeport. Este é simplemente um capítulo mais num dossiê onde nada tem faltado, nem a sensação de os titulares estarem a ser escutados, a difusão do tal medo difuso e agora esta tentativa de penetração. Pelo fastio com que muitos se incomodam com a verdade, o horror à verdade que tantos e tantos manifestam, o ideal era esquecer inteiramente este processo, ocultar todos os factos e conservá-lo a marinar mais uns anos até à prescrição vegonhosa na memória colectiva. O mal é que Portugal é como Tróia, o cerco das forças negras do Poder Socialistas está no auge, alojam-se no núcleo do próprio regime - se os eleitores fraquejarem, será o fim da verdade e da liberdade em Portugal, aliás a grande obra da legislatura foi essa degradação cínica e verificável, torção dos números e das pessoas, submissão das consciências de muitos às conveniências de poucos: «O computador de um dos procuradores titulares do “caso Freeport” foi alvo de pirataria, tendo sido infiltrado por um ficheiro vírus tipo “cavalo de Tróia”, que permite aceder remotamente à memória dos computadores, ler, copiar e reenviar ficheiros para um endereço pré-definido, segundo noticia o semanário “Sol” na sua edição de hoje. O jornal fala num “ataque de pirataria” ao sistema informático da Procuradoria-Geral da República (PGR), em cuja dependência funciona o DCIAP (Departamento Central de Investigação e Acção Penal), onde trabalham os magistrados responsáveis pela investigação do caso, Vítor Magalhães e Pais Faria. A intromissão decorreu há cerca de três semanas, tendo atingido o computador de Pais Faria, e o "Sol" diz que o procurador-geral ordenou a abertura de um inquérito a esta situação, que está a decorrer. O sistema foi já auditado por peritos informáricos, que confirmaram a utilização do "cavalo de tróia".»
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