DESONESTIDADE COMO VÍCIO E TIQUE
Há algo que completaria o discurso do presidente do CDS-PP, Paulo Portas, ao acusar hoje o Governo de não ser "selectivo" e de achar que todo "o investimento público é bom". Era dizer que o Foderno é selectivo com quem decide privilegiar, facto sul-americano e corruptamente africano de prostituir a política para que se tem chamado a atenção de muitas maneiras e por muitos meios, imprensa, blogues, mensagens anónimas. A desonestidade é uma Escola muito portuguesa de que se escapa na proporção do peso que se tem e da malfeitoria perpetrada. É segundo uma lógica de deve-haver favores e apoios que o Governo actua casuisticamente no ataque avulso à Crise. Nunca se viu Máfia tão perfeita e completa na arte de captivar fidelidades mediante este tipo de estratagemas sornas de ajudas com terra à vista, governação de cabotagem: «[Portas] Defendeu uma aposta maior em medidas de apoio social. "Há pessoas que defendem que todo o investimento público é bom, é o caso do Governo, há pessoas que defendem que todo o investimento público é mau, o CDS entende que deve ser selectivo", afirmou o líder centrista durante uma visita a um lar de idosos em Caneças, no concelho de Odivelas. Na opinião de Paulo Portas, "em vez de consumir o país e os recursos em grandes obras que são caríssimas e vão esgotar o crédito", o Governo socialista devia fazer "investimentos pequenos e médios, que cheguem rapidamente à economia e que dêem trabalho a portugueses que precisam e que ainda por cima tenham natureza social, de apoio social, a quem socialmente tem menos".» É altamente representativo que, no congresso da Associação Portuguesa de Empresas Familiares, um empresário da estatura e do perfil ético de Alexandre Soares dos Santos (Jerónimo Martins) tenha dito que a crise é agravada pela "demagogia intolerável do primeiro-ministro". Ora, Paulo Portas tem de ter isto em linha de discurso, sob pena de nos deixar a pensar que para si bater no Foderno faz-se, mas só se for leve, levemente. Afinal, quando uma pequena-grande mentira nos esclarece quanto aos caminhos de desonestidade multímoda trilhados pelo Governo, nada mais nos poderá tranquilizar. Está tudo inquinado. Paulo Portas tem inteligência para abrir e autopsiar melhor o cadáver da legislatura e o que acoberta a irresponsabilidade do chamado investimento público à tolo. Mentir e fingir tem sido uma Arte para Sócrates, uma Arte cara e ultrajante, ímpar e desavergonhada num País cada vez mais pobre. Sublinha-o de igual modo MFL a outro nível das manobras duvidosas da legislação da selectividade ou não selectividade: «As empresas são escolhidas a dedo, não há concursos específicos e fica tudo bastante limitado naquilo que era a independência da administração pública”, afirmou a líder social-democrata, no final de uma reunião com cinco organizações sindicais da Função Pública, liderada pelo dirigente Bettencourt Picanço, do Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado (STE), afectos à UGT.» Porque há tiques e vícios que não se perdem, antes se aprimoram na proporção em que se detém um poder cada vez mais absoluto. Parafraseando o que escrevia Manuel Maria Martins: «Sr. PGR, pare de andar como um boneco articulado ao toque de caixa do PM e do PS! Actue!» Há apelos a que nenhum moço de fretes obedece, altamente devedor do poder político, de resto. Só trabalho de sapa e limpeza intensiva dos lixos alheios. E o trabalho que o menino e asno de oiro não dá nos corredores vigiadíssimos da Justiça! Não são rabos de palha. São caudas e caudas de noiva antiga. Mas que tem amigos fortes e dinheiro tudo garante para si para sair airoso e pronto para o próximo escândalo.
Comments
Desemprego é sinónimo de tragédia. Mas é também uma consequência natural do socialismo num bloco ocidental capitalista. Não temos o direito de pretender receber milhões dos povos que trabalham para alimentar a nossa subsidiodependência socialista! Sócrates "tem governado para a plateia a pensar em eleições". Sob o pretexto de reformas (alguém reconhece que a saude, a justiça ou a educação estão melhores?!) tem criado conflitos que, bem geridos, dão ao povo a imagem que pretende. Com sucesso, diga-se. Não sei se o mérito será dele ou dos assessores de markting pagos com os nossos dinheiros. Desde 1996 (10 anos de governos socialistas) Portugal tem crescido menos do que os outros, aumentada a desigualdade e o desemprego Se não fosse a emigração, quantos seriam? A conclusão mais lógica parece ser que o socialismo gera desigualdade, empobrecimento e desemprego. Mas os portugueses estão ligados aos partidos políticos emocionalmente, como se fossem clubes de futebol. Só assim se compreende que os cristãos elejam pessoas que tomem medidas contra os seus valores fundamentais e hostilizem a Igreja e a família.