A ALHEIA EFUSÃO DE SANGUE ALHEIO

A frio, toda a História presente exige a efusão de sangue, mas não o nosso: os que perderam imenso dinheiro com as suas apostas erradas e hoje condicionam a economia de Estados [Grécia, Irlanda, Portugal, Itália, França], os quais por sua vez viveram ilusões despesistas assassinas dos próprios povos, tudo isso exige, prevê e antecipa a efusão de sangue, o sangue alheio, evidentemente, que o nosso é sagrado e se destina a alimentar e garantir a sobrevivência dos nossos filhos e netos. Emergem opressores e avultam oprimidos, o que prefigura a inevitabilidade da efusão de sangue e nem sequer se trata de uma luta Povo vs. Governos, mas Povo vs. Mercados, isto é, Banca Internacional e outros players agregados a quem só falta colocar o nome e morada, gente que tem tudo, tem o máximo, e nós que não temos nada, somente o tal sangue a efundir numa rebelião planetária, coordenada e sem precedentes. A facilidade com que os egípcios regressam à praça Tahir, perante a evidente traição dos militares com a dilação dos actos eleitorais prometidos é toda uma metáfora dos nossas ilusões democráticas ocidentais, onde crime e castigo não se compaginam com a verdade nem com a Justiça e a efusão de sangue nunca é, nunca será, a nossa, mas a dos outros que a isso se atreverem nas praças, ruas, avenidas e betesgas da rebelião natural e provocada pelos empórios do ganho que nunca podem ficar a perder com os riscos da própria loucura. 2012 promete ser um ano inesquecível. A Natureza revolta-se na revoltosa atmosfera e no tremer da terra e invasão do mar. Mas a natureza lanzuda e pastoril das massas lentas, sendo apertada contra a parede, sob uma pressão violentíssima não pode augura nada de bom. A verdadeira guerra está aí, engordando o seu cortejo de vítimas e pedido mais sangue, para quem a quiser ver.

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