FODA-SE, MAIS UM INQUÉRITO!
Há um tripé de inutilidades em Portugal, sempre avultadas e vultuosas, que surdem aqui e ali para bolçar nulo e inócuo. É mais fácil um mendigo ir de cana e um blogger espinhoso ser desactivado, perseguido e escarrado, do que a Justiça [e a Coerência nela] serem servidas. Marinho e Pinto, Pinto Monteiro, e Noronha do Nascimento, que não é vultuoso nem avultado, pois o seu vulto pequenino faz juz ao papel de mero arquivador-mor da República. São eles os três estarolas, o tripé claudicante da Justiça, em Portugal. E eu, que a partir de Dezembro, vou passar a ganhar ainda mais miseravelmente, graças a uma reestruturação inesperada na empresa aflita, pergunto-me: para que se dá o PGR à maçada de anunciar mais um "inquérito urgente" daqueles urgentes, isto é, pelo período de dois anos ou mais, para apurar responsabilidades de alguma coisa como o Vítor Pereira apura as causas da nula liderança. Houve fuga de informação no caso da detenção de Duarte Lima e do seu filho? What else is new? Pior que isso — compensatório de alguma Justiça porque justiça em directo; e pior que isso, fonte de furos mediáticos que dão muito milho a ganhar a jornalistas e secretários judiciais esgalgados —, é a palhaçada dos inquéritos decretada por esses tampões absolutos na Justiça. Eis um tripé devastador cuja devastação, tal como Almada, se manifesta em não se manifestar: Pinto Monteiro, porque sabe muito; Marinho e Pinto, porque insinua muito; Noronha do Nascimento, porque arquiva de mais. E andamos nós a clamar enrouquecidos pela substituição higiénica disto sem que Governo e/ou Presidência da República nos atenda, dada a notória degradação do hábito, do monge e da função.
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