CROMOS INTEMPESTIVOS? INTERNAMENTO!

Há turmas repletas de potencial, com alunos inteligentíssimos, dotadíssimos, fonte de esperança para Portugal na exacta proporção da inépcia dos políticos e do Sistema corrupto em que têm medrado, comprometendo-nos o presente e o futuro. Bastam dois 'alunos' descontrolados, perturbados e perturbadores, insolentes, incapazes de se conter e trabalhar, incapazes de anuir a quaisquer recomendações, desrespeitando grosseiramente os docentes, qualquer docente, qualquer gesto de boa-vontade, destruindo uma turma sem apelo nem agravo. A esses, era interná-los numa instituição militar, num regime interno de altíssima exigência, a fim de tirar de dentro desses íntimos caóticos verdadeiros cidadãos, provados como o ouro no crisol. Eu conheço a tristeza dos alunos vindos do Leste Europeu, o desgosto, por verem o lixo, a destruição de aulas, perpetrada pelos seus colegas primitivos portugueses. Coitados. Não há Política que veja esta coisa elementar, enquanto se maquila todo o processo com as avaliações manhosas e fraudulentas para empatar e parir estrume. Por outro lado, se se fizer o favor de responsabilizar muito assertiva, directa e concretamente os pais deste tipo de alunos, como acontece nos Açores, já seria um belíssimo começo de conversa.

Comments

Miguel said…
Um professor nunca deve desistir do seus alunos. Sei que não é fácil, mas se fosse qualquer um mereceria o respeito de ser considerado professor. Ao longo da minha existência cometi erros e tive por diversas vezes alguns conflitos com um ou outro professor, levando mesmo à minha expulsão da sala. Sempre fui um aluno de notas boas, por vezes, o melhor da turma, por outras "aquele com mais potencial". Consegui várias proezas, ter um 16 e ser a única positiva no meio de 30 alunos, como logo no teste seguinte ter um 9 e os outros várias positivas e com notas boas. As vezes em que segui uma nota máxima por uma nota miserável foram várias. Não somos todos iguais. Não fomos todos feitos para sermos doutores. Se na altura já havia, hoje em dia ainda existem mais formas de os miúdos se entreterem. São tantas!
Os velhos hábitos de ensino não chegam, há que motiva-los e explorar a sua criatividade. Sempre detestei o pensamento único. Afinal não é o Sol que se move? Não é isso que os meus olhos me revelam!?

Penso que se realizarmos uma exposição das matérias a leccionar e as deixarmos abertas à discussão levaremos os nossos alunos a por o cérebro a pensar. Há que saber criar situações de confronto para que os alunos se interessem. Se é isso que eles parecem gostar. Do confronto, de confrontar o professor e a sociedade escolar.

Sei que não é fácil, lembro-me perfeitamente dos meus tempos de aluno.

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